A Grande Mídia e o Governo Lula: Tentativas de Conquista do Público Evangélico em Tempos de Crise
A “Globo” e a “GloboNews” intensificam esforços para atrair o crescente público evangélico, reconhecendo sua importância para a audiência e retorno financeiro. Com a previsão de que os evangélicos se tornem a maioria no Brasil até 2032, a emissora busca se conectar com esse segmento, apresentando conteúdo positivo sobre a vida cristã. Paralelamente, Lula tenta estreitar laços com os evangélicos, implementando políticas voltadas para a família e promovendo o diálogo. No entanto, a falta de compreensão genuína das demandas desse público ainda pode comprometer esses esforços, tornando-os meras estratégias superficiais.
Fotomontagem O Jornal da Verdade | Foto: Freepik.
Recentemente, a “Globo” e a “GloboNews”, representantes da grande mídia brasileira, têm intensificado suas tentativas de atrair o público evangélico, um segmento que cresce rapidamente no Brasil e que pode influenciar significativamente a audiência de seus programas e consequentemente impactar o retorno financeiro das empresas de mídia. Este movimento ocorre em meio a uma crise de audiência que a Globo tem enfrentado e a crescente desaprovação do governo Lula entre os evangélicos, o que acende alarmes para as eleições de 2026.
O Grupo Globo e o Público Evangélico
Com a previsão de que os evangélicos se tornem a maioria no Brasil até 2032, a emissora reconhece a importância de se conectar com esse público. Recentemente, o programa “Fantástico” apresentou uma matéria especial sobre a expansão das igrejas evangélicas, destacando a série documental “Crentes: além dos muros“. O foco está em um público que é aberto a assistir a programas e novelas que retratam a vida cristã de forma positiva.
Além disso, a Globo está negociando com a Igreja Lagoinha Global, liderada pelo pastor André Valadão, para transmitir festivais de música gospel. Essas iniciativas visam não apenas atrair audiência, mas também conquistar um público que vem crescendo e que é considerado vital para a sustentabilidade dos canais.
Lula e a Comunidade Evangélica
Paralelamente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito através das urnas eletrônicas em vigor no dia 30 de outubro de 2022, tenta estreitar laços com o público evangélico em resposta à crescente reprovação que seu governo enfrenta nesse segmento. Pesquisas apontam que a desaprovação entre evangélicos aumentou de 58% para 67% entre janeiro e março de 2025. Para contornar essa situação, Lula está implementando políticas voltadas para a valorização da família e o papel da mulher, integrando ações sociais às igrejas.
Aliados de Lula defendem uma aproximação mais forte antes das eleições de 2026, temendo que a falta de diálogo resulte em um distanciamento irreversível. A construção de um diálogo autêntico com as lideranças evangélicas é vista como essencial, e a comunicação em redes sociais é ressaltada como um campo onde o governo precisa atuar mais efetivamente.
Opinião: A Reação do Público Evangélico e o Desafio das Controvérsias
Apesar das tentativas de aproximação, muitos consideram esse movimento prejudicial tanto para a mídia quanto para o governo. Enquanto algumas personalidades públicas afirmam sentir saudades do tempo em que apenas os especialistas da GloboNews repercutiam os acontecimentos, a democratização das redes sociais trouxe facilidade para desmentir falsos jornalistas e, ao mesmo tempo, disseminar informações enganosas na internet. André Valadão, frequentemente rotulado como extremista e conhecido por declarações polêmicas (segundo a própria Globo), exemplifica a dualidade entre os chamados intelectuais e os chamados evangélicos. Essa relação de amor e ódio é vista como um grande imbróglio: de um lado, há o desejo de conquistar a audiência do público evangélico; de outro, a falta de interesse genuíno em compreender suas demandas.
Parece um erro clássico: tentam vender um produto que não ressoa entre o “público-alvo”, esperando que os evangélicos se moldem a esse produto, em vez de adaptá-lo às suas expectativas. Essa abordagem é como dizer: – Compre aqui, é bom, mesmo que você ainda não saiba disso; você vai querer!” É notavelmente evidente que essa estratégia tem funcionado ao longo dos anos e tem cooptado mentes inocentes. Na frente dos evangélicos, afirmam amá-los, mas longe dos holofotes, criticam e menosprezam esse almejado “público-alvo”.
Enquanto a Globo tenta se reposicionar e explorar as oportunidades de audiência que o público evangélico representa, o governo de Lula busca restaurar sua imagem entre esse eleitorado. O sucesso dessas iniciativas, no entanto, dependerá da autenticidade das ações e do diálogo aberto com as comunidades, evitando que sejam vistas apenas como estratégias superficiais. A verdadeira mudança requer um entendimento profundo das necessidades e anseios dos evangélicos, e não apenas uma tentativa de engajamento superficial.
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