As eleições municipais consolidaram a direita no Brasil, com PSD e Republicanos em destaque. A esquerda teve desempenho fraco. Cidadãos devem fiscalizar seus candidatos.

As eleições municipais de 6 de outubro mostraram a consolidação da direita e centro-direita no Brasil, com mais de 3.200 prefeitos eleitos. Partidos como PSD, MDB e Republicanos tiveram destaque. A esquerda teve desempenho abaixo do esperado. É crucial que os eleitores fiscalizem e cobrem seus representantes para garantir a democracia.

Urna eletrônica | Foto: Divulgação / TSE.

No último domingo (06), as eleições municipais no Brasil revelaram um cenário de consolidação da direita e centro-direita no país. Segundo os resultados preliminares do primeiro turno, partidos desse espectro político elegeram mais de 3.200 prefeitos em 5.555 dos 5.568 municípios brasileiros.

Vale ressaltar que, apesar de partidos como o PSD, MDB e outros não serem confiavelmente considerados de direita ou centro-direita conservadora devido às suas lideranças, ainda podemos classificá-los como de direita ao levar em conta seus candidatos. A maioria, mas não a totalidade, desses candidatos possuem posicionamentos conservadores, o que justifica essa categorização.

O PSD, sob a liderança de Gilberto Kassab, destacou-se ao ultrapassar o MDB e o PP, tornando-se o partido com o maior número de prefeitos eleitos, somando 888 prefeituras. A estratégia de atrair prefeitos em exercício parece ter sido eficaz.

O Republicanos foi outro grande vencedor, mais que dobrando o número de prefeituras que administrará, passando de 212 para 439. Esse crescimento orgânico e sustentável coloca o partido em posição de se tornar o principal representante eleitoral da direita no futuro próximo.

O MDB e o PP também tiveram desempenhos notáveis, com 861 e 752 prefeitos eleitos, respectivamente. União Brasil e PL, por sua vez, conquistaram 589 e 523 prefeituras. O PL, apesar de uma derrota significativa no Rio de Janeiro, disputará o segundo turno em 9 das 15 capitais.

Os partidos de esquerda ficaram aquém das expectativas. O PSB e o PT elegeram 311 e 251 prefeitos, respectivamente, enquanto o PDT, herdeiro do brizolismo, encolheu significativamente, conquistando apenas 151 prefeituras. O PSDB, em crise, não elegeu nenhum vereador em São Paulo pela primeira vez em sua história.

Em São Paulo, dois influenciadores digitais se destacaram nas urnas. Lucas Pavanato, do PL, e Ana Carolina Oliveira, do Podemos, foram os candidatos mais votados na cidade, refletindo uma tendência de novos perfis políticos emergindo no cenário eleitoral.

Esses resultados indicam uma clara tendência de fortalecimento da direita no Brasil, com partidos tradicionais de esquerda enfrentando desafios significativos para reconquistar seu espaço político.

É fundamental lembrar que a política deve ser exercida constantemente, com os cidadãos cobrando seus representantes por seus posicionamentos, para que a democracia no Brasil seja plena. A política nacional é conduzida através dos partidos políticos, mas nem sempre os líderes desses partidos agem em favor do povo e da democracia, frequentemente priorizando seus próprios interesses. Cabe ao eleitor exercer seu papel de fiscalização e cobrança!