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Autor
MANOEL TOMÉ DOS SANTOS
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MANOEL TOMÉ DOS SANTOS

A Controvérsia Sobre a Fluoretação da Água e Seus Impactos no Qi das Crianças

Publicado em: 11/04/2025 às 15:41

Última atualização: 27/04/2025 às 03:02

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O que aconteceu desde quando um juiz decidiu suspender o flúor da água, após estudos apontarem diminuição do Qi em crianças americanas?

Em 2024, um juiz suspendeu a fluoretação da água em cidades de NY devido a estudos sobre impacto no QI infantil. RFK Jr. apoiou remoção do flúor por riscos como doenças e neurodesenvolvimento prejudicado. Comunidades respondem à decisão, e debates sobre saúde pública continuam. EPA e ADA defendem fluoretação, mas críticos destacam perigos e buscam água limpa e segura.


 

Fotomontagem O Jornal da Verdade. | Foto: Canva.

Entenda o caso do flúor na água

Em setembro de 2024, um juiz americano tomou uma decisão surpreendente; suspendeu a fluoretação na água em duas cidades de Nova York. Yorktown e Somers responderam à ordem de Chen, que instruiu a EPA1 a investigar os perigos do flúor. Estudos indicam que altos níveis de flúor podem reduzir o QI de crianças.

A fluoretação da água é uma prática que visa reduzir a incidência de cáries dentárias, sendo adotada em diversas localidades ao redor do mundo desde a década de 1940.

A decisão em questão partiu de um juiz que considerou evidências apresentadas por estudos que sugerem que a exposição ao flúor em níveis elevados pode ter consequências negativas para o desenvolvimento cognitivo. Em audiência, o juiz distrital dos EUA Edward Chen declarou: “Não podemos ignorar os dados que indicam que a fluoretação pode impactar o QI das crianças. Devemos proteger nossa população, especialmente as gerações futuras.

O estudo: Exposição pré-natal e infantil ao flúor e desenvolvimento cognitivo: descobertas da coorte longitudinal MINIMat na área rural de Bangladesh [Prenatal and childhood exposure to fluoride and cognitive development: findings from the longitudinal MINIMat cohort in rural Bangladesh], é muito significativo, pois analisou dados de várias populações e encontrou uma correlação entre a exposição ao flúor e a diminuição do QI em crianças. Os pesquisadores observaram que, em áreas com altos níveis de fluoretação, o QI médio das crianças era significativamente mais baixo do que em regiões onde a água não era fluoretada.

Robert Francis Kennedy Junior (RFK Jr), que concorreu à presidência dos Estados Unidos como candidato independente em 2024, mas acabou desistindo, para surpreendentemente apoiar Donald Trump a eleição americana, disse em publicação em suas redes sociais em 2 de novembro de 2024, que:

Em 20 de janeiro, a Casa Branca de Trump aconselhará todos os sistemas de água dos EUA a remover o flúor da água pública. O flúor é um resíduo industrial associado à artrite, fraturas ósseas, câncer ósseo, perda de QI, distúrbios do neurodesenvolvimento e doenças da tireoide.”, disse RFK Jr.

No entanto RFK Jr, após assumir como Secretário de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos do governo Trump, ainda não fez essa recomendação e nem responde aos questionamentos feitos a ele sobre o assunto.

O que aconteceu nas cidades em que a suspensão foi decidida pelo juiz distrital dos EUA Edward Chen

A resposta à decisão do juiz foi rápida e abrangente. Segundo a Fluoride Action Network (FAN)2, pelo menos 50 comunidades em todo o país já removeram o flúor de seus suprimentos de água, impactando cerca de 4,5 milhões de pessoas. Além disso, a Flórida está considerando uma legislação para impedir que governos locais adicionem flúor à água, enquanto outros estados também avaliam a reversão de mandatos de fluoretação.

Dr. Mark Burhenne, um dentista que se opõe à fluoretação da água, declarou ao Epoch Times: “Uma mudança como essa não vai acontecer da noite para o dia, mas esse era o tipo de impulso que estávamos esperando. Eu não achava que veria esse tipo de progresso na minha vida, mas agora? Acho que é possível.” Ele expressou otimismo em relação ao futuro, ressaltando que Utah está prestes a se tornar o primeiro estado a proibir a fluoretação na água potável.

A controversa questão da fluoretação da água tem atraído a atenção de várias partes interessadas. Organizações odontológicas, como a Associação Odontológica Americana (ADA), lamentaram a decisão do juiz. A ADA escreveu uma carta à administradora interina da EPA1, Jane Nishida, pedindo um recurso e ressaltando que “a fluoretação da água é uma grande conquista de saúde pública”. A carta argumentava que a fluoretação resultou em uma redução de 25% nas cáries dentárias.

Seria lamentável comprometer quase 80 anos de sucesso em saúde pública devido a desafios na comunicação eficaz da ciência, que muitas vezes vão além da simplicidade de um trecho sonoro”, escreveu ADA ao Epoch Times.

Contudo, Dr. Burhenne caracterizou o apelo da EPA para manter a fluoretação como uma tática de “enrolação”, afirmando que “é frustrante” ver as ações da agência à luz de dados esmagadores sobre os riscos do flúor.

Stuart Cooper, diretor executivo da FAN e autor do processo que levou à decisão judicial, acredita que as novas regras da EPA poderiam ser um passo em direção à proibição da fluoretação, especialmente considerando a vulnerabilidade de certos grupos, como bebês alimentados com fórmula e pessoas subnutridas. Burhenne destaca que a fluoretação da água não é o único problema relacionado ao abastecimento de água municipal. “Água limpa é fundamental — afinal, nós mesmos somos, em grande parte, água — e o fato de que esse direito básico à água limpa e não contaminada esteja sendo negligenciado em favor de debates políticos e emocionais é profundamente preocupante”, disse ele.

Conclusão

O futuro da fluoretação da água nos Estados Unidos permanece incerto, enquanto a comunidade científica e os cidadãos aguardam uma resposta clara das autoridades. Com a crescente evidência sobre os riscos associados à fluoretação e a pressão de movimentos locais, a discussão sobre a saúde pública e as políticas de água potável está longe de ser resolvida. As implicações dessa questão transcendem o debate sobre cáries dentárias, afetando diretamente a saúde e o desenvolvimento das futuras gerações.

À medida que a discussão avança, muitos cidadãos estão se perguntando se suas águas estão realmente seguras e se as decisões tomadas em nome da saúde pública estão sendo feitas com total transparência e responsabilidade. A situação destaca a necessidade de um debate mais amplo e informado sobre a fluoretação e suas implicações, não apenas para a saúde dental, mas também para a saúde cognitiva e o bem-estar geral da população.

 

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Notas:

1A EPA, ou Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (Environmental Protection Agency, em inglês), é uma agência federal responsável pela proteção da saúde humana e do meio ambiente. Criada em 1970, a EPA desenvolve e aplica regulamentações para garantir que as leis ambientais sejam cumpridas, visando a preservação do meio ambiente e a promoção da saúde pública.

2A Fluoride Action Network (FAN) é uma organização sem fins lucrativos dedicada a educar o público e os formuladores de políticas sobre os riscos associados à fluoretação da água e a exposição ao flúor. Fundada em 2000, a FAN se concentra em promover a conscientização sobre os efeitos negativos do flúor na saúde humana e no meio ambiente, com ênfase especial nos impactos sobre o desenvolvimento cognitivo e a saúde dental, especialmente em crianças.


 

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