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Anderson Silva
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A Matemática da Inveja: Milhares de Manifestantes Tomam a Avenida Paulista em Protesto Contra o STF e Em Defesa de Anistia

Publicado em: 10/04/2025 às 01:31

Última atualização: 10/04/2025 às 01:31

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Estimativa de público da manifestação da Paulista no dia 6 de abril de 2025 sugere pelo menos 800 mil manifestantes.

Milhares protestaram na Avenida Paulista em 6 de abril de 2025, pedindo anistia às vítimas de 8 de janeiro, criticando o STF e o PT, e apoiando Jair Bolsonaro. Estimativas de público variaram de 44.9 mil a mais de 800 mil manifestantes. A manifestação destacou insatisfação com decisões do STF e demandas por mudanças políticas. Governadores e líderes da oposição participaram, refletindo descontentamento nacional.


 

Manifestação na Av. Paulista no dia 6 de abril de 2025. | Foto: Reprodução redes sociais.

Na tarde de domingo (6), a Avenida Paulista foi palco de uma grande manifestação que reuniu milhares de pessoas vestidas de verde e amarelo. O protesto tinha como principal objetivo pedir anistia para as vítimas dos eventos de 8 de janeiro, além de clamar pela saída do ministro Alexandre de Moraes e a volta do ex-presidente Jair Bolsonaro. A multidão representava diversos públicos, todos unidos contra o Partido dos Trabalhadores (PT) e, cada vez mais, contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

Os manifestantes expressaram um sentimento crescente de insatisfação, afirmando que o PT e o STF parecem ser, hoje, uma única e mesma entidade. “Ninguém aguenta mais essa mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia”, afirmou o jornalista Claudio Dantas em suas redes sociais. O sentimento de unidade foi palpável, com eleitores de diferentes segmentos e políticos de vários partidos, incluindo sete governadores – muitos deles com aspirações presidenciais ou ministeriais – marchando lado a lado.

A manifestação contou com a promoção do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), lideranças da oposição no Congresso, como o deputado Luciano Zucco (PL-RS) e o senador Rogério Marinho (PL-RN), além do líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ). Também compareceram ao evento, governadores aliados do ex-presidente, como o Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, Ronaldo Caiado (União), de Goiás, Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, Mauro Mendes (União Brasil ), de Mato Grosso, e Wilson Lima (União), do Amazonas. Em suas redes sociais o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, publicou uma foto ao lado de governadores e aliados que estiveram presentes na manifestação.

Bolsonaro com Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Jorginho Melo (SC), Ronaldo Caiado (GO), Wilson Lima (AM), Ratinho Junior (PR), e Mauro Mendes (MT). Foto: Reprodução X/Tarcísio de Freitas.

A desilusão com o PT é compartilhada entre os manifestantes. “Não há entre os que foram às ruas hoje quem ache o petista inocente ou que aceite sua descondenação”, destacou o jornalista Claudio Dantas, referindo-se à volta de Luiz Inácio Lula da Silva (eleito através das urnas eletrônicas em vigor no dia 30 de outubro de 2022) ao poder, mesmo após ser condenado em três instâncias. A manifestação ecoou críticas à ingerência do STF em questões de segurança pública e à forma como o Tribunal tem interferido no debate público.

Segundo estimativas iniciais, o Monitor do Debate Político no Meio Digital do Cebrap e da ONG More in Common, sob a coordenação de especialistas da Universidade de São Paulo (USP), foram apenas 44.9 mil manifestantes. Mais tarde voltaram atrás e disseram que não poderiam estimar os manifestantes por falhas na coleta de dados do evento. A polícia militar de São Paulo não informou a estimativa de público presente. Segundo os organizadores, o ato contou com mais de 1 milhão de manifestantes.

 

Os dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-SP) revelam que a Avenida Paulista, com seus 2.800 metros de comprimento e 50 metros de largura, totaliza uma área de 140.000 metros quadrados, enquanto as calçadas, que somam mais 56.000 metros quadrados, resultam em uma área total de 196.000 metros quadrados. Estimativas de densidade populacional durante eventos dessa magnitude sugerem que entre 784.000 e 1.764.000 pessoas poderiam ter ocupado a área, dependendo do espaço entre os manifestantes. Uma média de 1.274.000 participantes é uma demonstração clara do descontentamento popular.

Guilherme Derrite, secretário de segurança pública do estado de São Paulo, publicou um vídeo impressionante em suas redes sociais, onde é possível observar uma onda gigantesca de manifestantes. Veja:

Fonte: Reprodução X/Guilherme Derrite.

Além das críticas ao STF, os participantes expressaram preocupação com a forma como a mais alta corte do país tem tomado decisões que, segundo eles, agravam a situação da segurança pública e a crise nas penitenciárias. “É ridículo ver um ministro da mais alta corte se metendo em assuntos que deveriam ser geridos por prefeitos e governadores”, declarou o jornalista Claudio Dantas.

O sentimento de indignação se estende ao modo como o STF tem tratado temas relevantes para o país. Os manifestantes questionam a eficácia das decisões da corte e argumentam que, onde o STF intervém, a situação tende a piorar. Assim, eles clamam por um Brasil onde a voz do povo seja ouvida e respeitada.

A manifestação na Avenida Paulista, que reuniu uma impressionante quantidade de pessoas, é um indicativo de que o “Brasil real” está à porta, com um apelo claro por mudanças e por um governo que escute as demandas da população. O evento, com suas vozes unidas e decisões claras, sinaliza um momento decisivo no cenário político do país, refletindo a urgência de um diálogo verdadeiro sobre os desafios enfrentados pela nação.


 

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