Entenda a polêmica da entrevista que nunca aconteceu do candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal ao jornalista, Paulo Figueiredo.
A polêmica entre Pablo Marçal, candidato à prefeitura de São Paulo, e o jornalista Paulo Figueiredo girou em torno do cancelamento de uma entrevista que nunca aconteceu. A equipe de Marçal pediu para evitar perguntas sobre Alexandre de Moraes, o que Figueiredo recusou. Trocas de farpas seguiram nas redes sociais, com acusações de censura e falta de coragem. Figueiredo desafiou Marçal, insinuando proximidade com o ministro e questionando sua liberdade de se expressar diante de temas polêmicos. Marçal negou qualquer vínculo e disse que a decisão de não participar da entrevista foi estratégica.
Fotomontagem de Pablo Marçal e Paulo Figueiredo.
A recente polêmica envolvendo Pablo Marçal, candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, e o jornalista Paulo Figueiredo, trouxe à tona questões cruciais sobre liberdade de imprensa, transparência e coragem política. O episódio começou com o cancelamento de uma entrevista marcada para esta quarta-feira (21), após a assessoria de Marçal solicitar que Figueiredo evitasse mencionar o nome do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Figueiredo, Marçal teria ações que serão julgadas pelo magistrado, o que motivou o pedido de restrição.
Paulo Figueiredo, em resposta, afirmou que não poderia aceitar tal condição, argumentando que Alexandre de Moraes é uma figura central no cenário político atual e que, como jornalista, ele deveria ter a liberdade de perguntar o que considerasse relevante. “Eu sou livre pra perguntar o que quiser e você é livre para responder o que quiser“, declarou Figueiredo em seu canal no YouTube, enfatizando a importância de manter a integridade jornalística.
A recusa de Marçal em participar da entrevista gerou uma onda de críticas e acusações. Figueiredo acusou Marçal de ser um engodo, afirmando que, apesar de se posicionar como alguém destemido, ele se acovarda diante da possibilidade de falar sobre o ministro Alexandre de Moraes. Segundo Figueiredo, a atitude de Marçal contradiz seu discurso de coragem e transparência, especialmente em um momento em que o magistrado é um dos principais assuntos do país.
Vamos fazer o seguinte: já que você é brother do Alexandre, se você me arrumar o meu passaporte de volta eu vou a São Paulo e te entrevisto. Mas avisa que eu não vou parar de falar dele. Porque já me ofereceram meu passaporte de volta nestas condições e eu mandei enfiarem no…
— Paulo Figueiredo (BR-2) (@pfigueiredobr2) August 22, 2024
A controvérsia se intensificou com uma série de trocas de mensagens nas redes sociais entre Marçal e Figueiredo. Marçal, em uma publicação ainda na quarta-feira (21), desafiou Figueiredo, afirmando que é “muito fácil o Paulo Figueiredo falar de coragem, morando nos EUA” e sugerindo que o jornalista estava “preso nos Estados Unidos“. Em resposta Figueiredo disse que toparia o desafio, se antes, Marçal, sendo “brother do Alexandre” (referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes), poderia arranjar seu passaporte de volta para que ele pudesse ir a São Paulo e realizar a entrevista. Figueiredo deixou claro que, mesmo se retornasse ao Brasil, não deixaria de falar sobre o ministro, destacando sua postura intransigente em relação à liberdade de expressão.
Figueiredo também revelou que já lhe ofereceram a devolução de seu passaporte sob a condição de não mencionar Alexandre de Moraes, uma oferta que ele rejeitou de forma contundente. “Porque eu estou LIVRE nos EUA e você PRESO no Brasil“, afirmou Figueiredo, insinuando que Marçal estaria limitado em sua capacidade de falar livremente no Brasil. Ele ainda ironizou a situação ao oferecer uma mentoria a Marçal por 5 mil dólares para explicar o conceito de liberdade.
Na noite de quinta-feira (22), Pablo Marçal, usou uma live para esclarecer a polêmica sobre a falta de um posicionamento claro sobre o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Durante a transmissão, Marçal afirmou que Alexandre de Moraes precisa ser “investigado urgentemente” e criticou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desafiando-o a tomar uma posição firme sobre o assunto. “O Moraes, pelo que ele fez, precisa ser investigado urgente“, declarou Marçal. Além disso, expressou dúvidas sobre a capacidade de liderança de Pacheco, afirmando: “Eu duvido que ele é homem para isso. O Pacheco passa muito longe disso“.
Marçal também explicou o motivo por trás do cancelamento de sua entrevista com Paulo Figueiredo. Segundo ele, a entrevista foi desmarcada porque Figueiredo estaria “armando uma arapuca” para prejudicá-lo, insinuando que o jornalista faz parte de um grupo que apoia o político Carlos Bolsonaro. “Eu não afino para ninguém, não, se ele quiser, ele pode mandar a pergunta que ele quiser aí, não estou nem aí para ele”, ressaltou Marçal, justificando que sua ausência foi uma decisão estratégica para não ser colocado em uma posição de vulnerabilidade.
Na manhã de hoje, sexta-feira (23), Paulo Figueiredo respondeu de forma incisiva. Em publicação nas redes sociais, Figueiredo comemorou o fato de Marçal finalmente ter falado sobre Alexandre de Moraes e endossado a candidatura de Adrilles Jorge, comentarista político, ex-BBB, que concorre a vaga de vereador na cidade de São Paulo. Figueiredo afirmou que a entrevista poderia ser remarcada, mas que Marçal ainda não tinha sugerido uma nova data.
Rapaz, conseguimos que o @pablomarcal finalmente falasse finalmente do Alexandre e ainda endossasse a candidatura do meu amigo @AdrillesRJorge, que fez o Paulo Figueiredo Show de ontem comigo comentando a ARREGADA. Que sucesso! pic.twitter.com/Zn2eRMerxq
— Paulo Figueiredo (BR-2) (@pfigueiredobr2) August 23, 2024
Ainda na manhã dessa sexta, pouco depois, Figueiredo revelou que Marçal o procurou para remarcar a entrevista, aparentemente em resposta à repercussão negativa do cancelamento. Figueiredo, que estava viajando para encontrar o senador Rick Scott, sugeriu que a entrevista fosse remarcada para a semana seguinte, mas ainda aguardava uma resposta definitiva de Marçal. Ele também mencionou que as portas para entrevistas continuavam abertas para outros políticos, como Boulos, Datena, Tabata e Nunes, destacando que Marina Helena seria entrevistada na próxima quarta-feira às 15h.
Agora a novidade para fazer justiça: o @pablomarcal já me procurou para remarcarmos a entrevista. Entendo que mudou de ideia após a repercussão pois já queria marcar para ontem mesmo! Eu não podia, pois estava viajando a encontro do senador Rick Scott para falar justamente do…
— Paulo Figueiredo (BR-2) (@pfigueiredobr2) August 23, 2024
A polêmica continuou a se desenrolar no início do período da tarde, Figueiredo publicou que havia assistido ao vídeo de Marçal respondendo às suas acusações. Figueiredo pediu autorização para divulgar os prints das conversas entre eles, a fim de provar que não havia armado nenhuma “arapuca” e que tinha sido preciso em suas declarações. Ele questionou a sinceridade de Marçal, sugerindo que o candidato estava tentando manipular a narrativa para se justificar.
No meio da tarde, Figueiredo relatou ter procurado Marçal diretamente para esclarecer a suposta armadilha. Marçal teria respondido com palavras doces, agradecendo Figueiredo por sua sinceridade. No entanto, Marçal cancelou novamente a entrevista, o que levou Figueiredo a expressar sua frustração e a preocupação de que Marçal estivesse apresentando uma persona diferente em público e em privado. Figueiredo insinuou que Marçal poderia estar tentando proteger sua imagem, evitando uma entrevista que poderia expor suas fraquezas.
Agora a novidade para fazer justiça: o @pablomarcal já me procurou para remarcarmos a entrevista. Entendo que mudou de ideia após a repercussão pois já queria marcar para ontem mesmo! Eu não podia, pois estava viajando a encontro do senador Rick Scott para falar justamente do…
— Paulo Figueiredo (BR-2) (@pfigueiredobr2) August 23, 2024
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