Agente do FBI Marcus Allen denúncia perseguição por ser cristão, questionar o motim de 6 de janeiro e relata o impacto devastador em sua vida familiar.
O ex-agente do FBI Marcus Allen, em audiência no Capitólio, denunciou a perseguição que sofreu por questionar a presença de informantes no motim de 6 de janeiro de 2021. Allen relatou o impacto devastador na sua vida pessoal e familiar após ser acusado de deslealdade e suspenso por 27 meses. Ele destacou que sua fé foi crucial para superar as adversidades e criticou o uso de retaliação e medo no FBI. O caso é parte de uma investigação mais ampla sobre represálias contra denunciantes no FBI.
Marcus Allen foi informado de que sua autorização de segurança ultrassecreta foi restabelecida após sua suspensão por “preocupações de segurança” sobre sua “lealdade aos Estados Unidos”, segundo uma carta de sexta-feira do departamento de RH do FBI. | Foto: CQ-Roll Call, Inc via Getty Images.
Washington, D.C. – Em uma audiência comovente no Capitólio, nesta quarta-feira (25), Marcus Allen, ex-especialista em operações do FBI, relatou aos legisladores os anos de sofrimento que enfrentou por expressar dissidência legalmente. Este testemunho é uma das muitas ações retaliatórias consideradas “altamente inadequadas” pelo inspetor-geral do Departamento de Justiça.
Allen, que chegou a um acordo com o FBI no início deste ano, contou ao Subcomitê Judiciário sobre a Armação do Governo Federal que foi acusado por superiores de “promover visões conspiratórias e informações não confiáveis” ao questionar quantos informantes confidenciais estavam presentes no motim do Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
“Alegaram que eu não era leal aos Estados Unidos, suspenderam meu acesso a informações confidenciais, meu salário e me impediram de conseguir emprego fora do FBI ou até mesmo aceitar caridade”, testemunhou Allen sobre os 27 meses que passou em “limbo indefinido“.
Impacto Pessoal e Familiar
Visivelmente emocionado, Allen descreveu o impacto devastador que as mentiras do FBI tiveram em sua vida e na de sua família. “O estresse afetou nossa saúde e nossos filhos ficaram traumatizados com a ideia de que nossa porta poderia ser arrombada ou que o pai não voltaria para casa”, disse ele.
Católico devoto, Allen revelou que teve que fazer retiradas antecipadas de sua conta de aposentadoria para pagar a hipoteca de sua casa. “Apesar do estresse e da incerteza, nunca me arrependi de defender a verdade”, afirmou, destacando que sua fé e a graça divina foram fundamentais para superar as adversidades.
Acusações e Retaliações
As acusações contra Allen surgiram de um e-mail enviado em 29 de setembro de 2021, que incluía links para o que mais tarde foi classificado como “propaganda extremista” de fontes “questionáveis“. O e-mail foi enviado para destacar o que Allen acreditava ser um testemunho não sincero do Diretor do FBI, Christopher Wray, sobre a presença de informantes confidenciais no Capitólio durante o comício “Stop the Steal“.
Allen, em suas divulgações protegidas, revelou que compartilhava preocupações sobre o diretor do FBI, Christopher Wray, dando testemunho “falso” ao Congresso sobre 6 de janeiro. | Foto: Reuters.
Em seu testemunho, Allen foi acompanhado por seu advogado, Tristan Leavitt, presidente da organização sem fins lucrativos de defesa de denunciantes Empower Oversight, e pelo Inspetor-Geral do Departamento de Justiça, Michael Horowitz.
Horowitz, em seu depoimento, chamou a atenção para questões “altamente inadequadas” que surgiram durante as investigações de segurança do FBI, incluindo perguntas direcionadas a purgar conservadores políticos do FBI. Ele enfatizou que essas alegações são sérias e que a investigação e adjudicação de segurança nunca devem ser usadas contra denunciantes.
O inspetor-geral Michael Horowitz divulgou um relatório em meados de maio confirmando que pelo menos 106 agentes sofreram retaliações por uma média de quase 18 meses cada, após fazerem divulgações protegidas ao Congresso. | Foto: CQ-Roll Call, Inc via Getty Images.
O caso de Allen é um dos muitos revisados pelo Inspetor-Geral Michael Horowitz como parte de uma investigação sobre a retaliação do FBI através do processo de autorização de segurança. Pelo menos 106 agentes foram suspensos em média por quase 18 meses, com o estado de suas autorizações de segurança e futuro emprego em dúvida.
Em suas considerações finais, Allen afirmou: “É minha opinião que o FBI usou represálias e medo para controlar a força de trabalho. A capacidade deles de superclassificar informações pode permitir que eles obstruam indefinidamente.”
O testemunho de Allen serve como um lembrete poderoso da importância de proteger os direitos dos denunciantes e garantir que a verdade prevaleça em todas as circunstâncias.
Fonte:
https://nypost.com/2024/06/04/us-news/fbi-agent-regains-security-clearance-wins-back-pay-after-retaliation-over-capitol-riot-claims/
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