Cidades de NY suspendem fluoretação da água após decisão judicial sobre riscos ao QI infantil. Estudos indicam ligação entre flúor e QI mais baixo.
Duas cidades de Nova York suspenderam a fluoretação da água após a decisão do juiz Edward Chen, que destacou riscos ao desenvolvimento intelectual infantil. Yorktown e Somers responderam à ordem de Chen, que instruiu a EPA a investigar os perigos do flúor. Estudos indicam que altos níveis de flúor podem reduzir o QI de crianças. A medida reflete um debate crescente sobre a segurança da fluoretação, com autoridades locais priorizando a saúde pública e aguardando mais orientações.
Garoto bebendo água na torneira. | Foto:Foto de Dii Nyau / Pexels.
Duas prefeituras do estado de Nova York tomaram a decisão de suspender a fluoretação da água, em resposta a uma recente decisão judicial que levantou preocupações sobre os possíveis riscos que o flúor pode representar para o desenvolvimento intelectual das crianças.
A decisão foi tomada após o juiz distrital dos EUA Edward Chen ordenar que a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) abordasse os potenciais riscos associados ao flúor. O anúncio foi feito pelo escritório do supervisor de Yorktown, Ed Lachterman, que destacou a decisão do juiz Chen, proferida na terça-feira, 24 de setembro.
A cidade do Condado de Westchester, em Nova York, foi uma das primeiras a suspender a prática de adicionar flúor à água da torneira. Esta prática tem sido defendida por algumas autoridades de saúde como uma medida eficaz no combate às cáries dentárias. No entanto, a decisão judicial recente trouxe à tona preocupações significativas sobre a segurança e os possíveis efeitos adversos do flúor no desenvolvimento cognitivo das crianças.
“À luz dessa decisão federal e das preocupações de longa data expressas por muitos residentes de Yorktown, decidi suspender a fluoretação da água como medida de precaução”, disse Lachterman na declaração, divulgada na quinta-feira (26).
“Nossa prioridade é a segurança e o bem-estar de nossa comunidade, e acreditamos que é prudente suspender a fluoretação para avaliar melhor seus possíveis impactos.”, afirmou Lachterman.
A decisão do juiz Chen reflete um crescente debate sobre a fluoretação da água, uma prática comum em muitas cidades dos Estados Unidos. A medida tem sido elogiada por suas contribuições para a saúde dental pública, mas também tem enfrentado críticas e preocupações sobre seus efeitos a longo prazo.
A suspensão da fluoretação em Yorktown e outras cidades pode sinalizar o início de uma reavaliação mais ampla das políticas de saúde pública relacionadas ao flúor. A decisão judicial exige que a EPA conduza uma análise mais aprofundada dos riscos potenciais, o que pode levar a mudanças significativas nas práticas de fluoretação em todo o país.
“Remover o flúor da água potável de Somers daria aos residentes a liberdade de escolher suas próprias fontes de flúor, garantindo o controle pessoal sobre suas decisões de saúde. Além disso, as preocupações com os possíveis riscos à saúde a longo prazo da exposição ao flúor apoiam a reavaliação de seu uso em sistemas de água pública. Somers aplaude Yorktown por tomar essa decisão”, disse o Supervisor de Somers Robert Scorrano no comunicado à imprensa.
Yorktown e Somers parecem ser os primeiros municípios dos Estados Unidos a encerrar a fluoretação da água após a decisão de Chen na qual ele ficou do lado de vários grupos de defesa e orientou a EPA a abordar os riscos da adição da fluoretação. Chen ainda escreveu que a agência, é obrigada a garantir que haja uma margem entre o nível de perigo e o nível de exposição.
“Se houver uma margem insuficiente, então o produto químico representa um risco”, escreveu o juiz. “Simplificando, o risco para a saúde em níveis de exposição na água potável dos Estados Unidos é suficientemente alto para desencadear uma resposta regulatória da EPA”, completou.
Ainda em sua ordem Chen citou que a “literatura científica no registro” que “fornece um alto nível de certeza de que um perigo está presente” e que poderia demonstrar que “o flúor está associado à redução do QI”.
Mas Chen, em várias ocasiões, enfatizou que sua decisão não estipula que a água fluoretada pode, com certeza, causar QI mais baixo nas crianças. “Essa ordem não determina exatamente qual deve ser essa resposta”, disse o juiz, referindo-se ao que a EPA poderia fazer para lidar com o risco potencial.
Desde 2015, as autoridades federais de saúde recomendam um nível de fluoretação de 0,7 miligramas por litro de água. Por cinco décadas antes disso, a faixa superior recomendada era de 1,2 miligramas por litro. A Organização Mundial da Saúde estabeleceu um limite seguro para o flúor na água potável de 1,5 miligramas.
As decisões das cidades também foram tomadas cerca de um mês após o National Toxicology Program ter constatado que há uma ligação entre quantidades mais altas de exposição ao flúor e um QI mais baixo em crianças. A agência utilizou estudos que envolviam níveis de flúor em torno de duas vezes o limite recomendado para a água potável.
O estudo constatou que a exposição de crianças a altos níveis de flúor, definidos como 1,5 miligramas por litro, estava “consistentemente associada” a um QI mais baixo nas crianças. O estudo também fez referência a outros possíveis problemas de neurodesenvolvimento associados ao composto, mas sugeriu que são necessárias mais evidências.
“Essa análise conclui, com confiança moderada, que exposições estimadas mais altas ao flúor… estão consistentemente associadas a um QI mais baixo em crianças”, diz o relatório da agência federal.
Enquanto isso, as comunidades afetadas aguardam mais informações e orientações das autoridades de saúde para garantir a segurança e o bem-estar de seus residentes.
Fonte:
https://www.epochtimes.com.br/estados-unidos/primeiras-cidades-dos-eua-suspendem-fluoretacao-da-agua-apos-decisao-de-juiz-sobre-risco-que-o-fluor-representa-ao-qi-204515.html
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