A Cloudflare nega envolvimento no desbloqueio temporário do X no Brasil, contrariando a Anatel, que havia sugerido a colaboração da empresa na ação.
A Cloudflare, empresa de segurança na internet, negou envolvimento no desbloqueio temporário da rede social X no Brasil, contrariando as afirmações da Anatel. O CEO da Cloudflare, Matthew Prince, afirmou que a empresa não participou das medidas que resultaram na suspensão ou no restabelecimento do X, explicando que a mudança de IPs da plataforma foi uma coincidência, decorrente de um novo acordo comercial. A Anatel, no entanto, manteve sua posição, alegando que várias empresas de tecnologia, incluindo a Cloudflare, contribuíram para o desbloqueio, sem detalhar o papel específico de cada uma.
Fachada da sede da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), em Brasília (DF) | Foto: Divulgação
Na tarde desta terça-feira (24), uma controvérsia tomou conta do cenário tecnológico brasileiro. A Cloudflare, empresa de segurança e desempenho na internet, contradisse a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre o bloqueio temporário da rede social X no Brasil.
O CEO da Cloudflare, Matthew Prince, negou qualquer envolvimento da empresa nas medidas técnicas que levaram à suspensão ou restauração dos serviços da rede social de Elon Musk no país. A declaração veio em resposta às acusações da Anatel, que havia sugerido a colaboração da Cloudflare no processo.
O Bloqueio do X
No início de setembro, a justiça brasileira ordenou o bloqueio do X devido ao descumprimento de uma ordem judicial que exigia a remoção de conteúdos prejudiciais à sociedade, como desinformação e discursos de ódio. A Anatel, em coordenação com provedores de serviços, agiu rapidamente para garantir o cumprimento da ordem.
Entretanto, a plataforma X mudou de servidor para a Cloudflare, alterando os IPs para outros que não haviam sido bloqueados, resultando em um retorno temporário do serviço. Esse evento gerou especulações sobre o envolvimento de terceiros no restabelecimento da plataforma, levando a Anatel a mencionar a Cloudflare como parte da operação.
A Resposta da Cloudflare
Em entrevista à Reuters, Matthew Prince afirmou que a Cloudflare não esteve envolvida no processo de bloqueio nem na restauração do acesso ao X. Ele explicou que a Cloudflare apenas fornece serviços de segurança e desempenho na internet, sem interferir diretamente nas decisões ou políticas de conteúdo das plataformas que utilizam seus serviços.
Prince esclareceu que a mudança de IPs foi uma coincidência decorrente de um acordo comercial: “Fechamos um acordo com eles no qual pararam de usar um concorrente nosso e, nesse processo, o endereço de IP foi alterado… Foi uma coincidência termos conquistado um cliente corporativo”.
A Posição da Anatel
Por outro lado, a Anatel manteve sua posição de que diversas empresas de tecnologia contribuíram para a ação de bloqueio, embora não tenha especificado exatamente como a Cloudflare teria participado. A agência, responsável pela regulamentação das telecomunicações no Brasil, argumentou que o processo de suspensão do X envolveu uma série de medidas técnicas complexas, que demandaram o apoio de várias partes envolvidas na infraestrutura de internet do país.
Compartilhe isso:
- Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela)
- Clique para enviar um link por e-mail para um amigo(abre em nova janela)
- Clique para imprimir(abre em nova janela)