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Anderson Silva
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Cristianismo Progressista: Porque o lobby anticristão encontra espaço nas igrejas

Atualizado em: 21 junho, 2024 às 17:09

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Como o progressismo tem destruído o genuíno evangelho de Cristo

Recentemente, um artigo chamou minha atenção devido às revelações apresentadas; diante da importância do assunto, decidi compartilhá-lo na íntegra com vocês. O tema deveria ser destaque no meio cristão, considerando os dados apresentados, os conteúdos culturais e o financiamento significativo que envolve questões culturais e religiosas.

Na minha opinião, este conteúdo afetará todo o espectro genuinamente cristão.

O jornalista Claudio Dantas publicou em sua rede social um artigo intitulado: “Quem financia o lobby anticristão no Brasil e como funcionam seus grupos de pressão“. Nele, o jornalista demonstra como agentes públicos e privados formam militâncias políticas, culturais e religiosas. O material é rico em informações sobre doadores, valores, destinatários e materiais produzidos, que devem atrair a atenção do leitor cristão.

Para uma compreensão completa, devemos começar com o primeiro artigo do jornalista Claudio Dantas, intitulado: “Netlab recebeu fortuna do governo Lula e de entidades estrangeiras globalistas“. Este artigo revela como a mídia nacional tem sido instrumentalizada por agentes públicos e privados, utilizando a falsa legitimidade acadêmica da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), esses agentes produzem pesquisas e papers pseudocientíficos para legitimar suas pautas ideológicas.

O Jornalista e Comentarista político Paulo Figueiredo, juntamente com Presbítero e Mestre em Direito Político e Econômico Vladymir Filho, comentaram a publicação de Dantas. Assista:


Por Claudio Dantas

NETLAB RECEBEU FORTUNA DO GOVERNO LULA E DE ENTIDADES ESTRANGEIRAS GLOBALISTAS

Artigo original publicado no X, no dia 07 de junho de 2024, às 9h54min

Queridinho do consórcio da mídia tradicional para falar sobre desinformação, o NetLab da UFRJ produziu nos últimos anos alguns dos estudos mais replicados por TVs, sites de notícias e até pelo Supremo de Alexandre de Moraes – sendo citado em suas decisões. Embora se autodefina como um “laboratório de pesquisa independente regido pelos princípios da autonomia, transparência e ética acadêmica”, o que se depreende de sua produção é um claro viés globalista, com foco permanente na criminalização do discurso da direita ou de qualquer um que ouse questionar o atual governo e o STF. Fundado pela professora de comunicação social Rose Marie Santini, o NetLab parece atuar por procuração daqueles que o financiam. A lista inclui fundações públicas e privadas, nacionais e internacionais, como Ford Foundation, Open Society, OAK, Galo da Manhã, Greepeace, Climate and Land Use Alliance e Serrapilheira, além do próprio governo federal, que rechearam as contas do grupo de pesquisa com cerca de R$ 7,5 milhões. Para quem critica reiteradamente a monetização de “canais de extrema-direita” pelo YouTube e outras plataformas, não deixa de ser irônico.

Fato é que até a última quarta-feira esse valor era desconhecido da sociedade. Somente após ser questionado pela reportagem, o NetLab criou pop-ups com valores gerais de cada doação e que aparecem sobre cada logo de patrocinador.
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A ausência de informações chegou a motivar seguidos pedidos à UFRJ via Lei de Acesso à Informação. Nesta semana, os deputados Marcel Van Hattem (RS), Adriana Ventura (SP) e Gilson Marques (SC), do Novo, também protocolaram uma série de requerimentos de informação direcionados aos ministérios da Educação, das Mulheres, da Justiça e dos Direitos Humanos, além da Secretaria de Comunicação da Presidência. Eles questionam justamente as fontes de financiamento do NetLab, os valores e a natureza das parcerias; além dos nomes e salários dos integrantes dos projetos, critérios, metodologia utilizada e resultados obtidos. “Essas informações são essenciais para assegurar que as medidas tomadas pelo NetLab estejam em conformidade com os princípios constitucionais e não resultem em censura ou restrição indevida à liberdade de expressão”, justificam os deputados.
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Embora indiquem agora os valores gerais de cada patrocínio, não há detalhes dos projetos, equipe envolvida, produtos entregues etc. Não houve resposta ao pedido da reportagem para que fossem indicados de forma individual os relatórios técnicos, as publicações acadêmicas e artigos noticiosos e eventos produzidos a partir de cada plano de trabalho no âmbito dos contratos firmados com o governo e entidades privadas, nacionais e internacionais. Tampouco há informações sobre recursos e projetos antigos – o NetLab foi criado em 2013. Como não possui CNPJ, os recursos financeiros tendem a ser direcionados via UFRJ. Durante meses, a universidade resistiu a fornecer os detalhes via LAI, mesmo após recurso administrativo acolhido pela CGU; fornecendo apenas explicações genéricas e formais, com a indicação de sites de consulta, como o da Fundação Universitária José Bonifácio e da Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos – COPPETEC.
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Cruzando esses dois bancos de dados e consultas no Diário Oficial, a reportagem localizou alguns contratos e dois planos de trabalho, como o apresentado à Secretaria Nacional do Consumidor, do MJSP. Neste caso, pelo valor de quase R$ 2 milhões, o NetLab se propôs a criar “indicadores e protocolo de denúncias para o Ministério da Justiça implementar em seus canais virtuais, desenvolver pesquisas sobre anúncios falsos e o ecossistema de desinformação que culmina em operações financeiras, a partir de evidências baseadas em dados e métodos científicos, além de um banco de dados e seminários para divulgar e discutir os resultados dos dois estudos propostos“. Vale lembrar que o NetLab foi selecionado pelo MJSP sem qualquer concorrência pública, assim como ocorreu com a escolha do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) para recebe R$ 42 milhões do Fundo de Direitos Difusos, gerido pela Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor, coordenada pelo petista Wadih Damous. O IBICT, por sua vez, é subordinado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), comandado pela comunista Luciana Santos, aliada de Flávio Dino, então ministro.
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Tal lógica sugere o uso de entidades públicas para o desenvolvimento de atividades de interesse privado, inclusive estrangeiro, e político partidário.
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Esses objetivos ganham um verniz acadêmico, com títulos genéricos e politicamente corretos, no âmbito da propalada defesa da democracia, como se verifica nos programas da Open Society Foundations, de George Soros — o projeto do NetLab ainda não consta do site da fundação globalista. Já no site da Ford Foundation, que teria doado o dobro do indicado no site do NetLab, o apoio ao grupo de pesquisas foi enquadrado num programa chamado “Engajamento Cívico e Governo”, cujo objetivo seria “proteger e ajudar os espaços cívicos a prosperar para garantir que todas as pessoas tenham a oportunidade de levantar a voz, influenciar decisões e responsabilizar os governos”. No site da Fundação Universitária José Bonifácio, o financiamento aparece sob a rubrica “Programa de Pesquisa de Desinformação NetLab e Observatório de Anúncios em Redes Digitais Plataformas“.
Consultas ao Diário Oficial mostram também que o Instituto Serrapilheira, fundado por João Moreira Salles e que apoia cientistas, jornalistas e influenciadores digitais, como o biólogo Átila Iamarino, teria repassado outros R$ 160 mil para o NetLab, além dos R$ 500 mil informados no site. A reportagem encontrou no site da Funarbe uma rara prestação de contas do projeto, indicando que R$ 80 mil (metade do orçamento) foi gasto com a empresa MC Reformas e Construção. No site da Coppetec, encontrou-se uma planilha com outro repasse não informado pelo NetLab, no valor de R$ 789 mil, feito pela Associação Bem-te-vi Diversidade, em 2022. Suas sócias, Gisela e Mariana Moreau, fizeram expressivas doações eleitorais naquele ano para candidatos de esquerda, como Lula, Guilherme Boulos, Marcelo Freixo e Alessandro Molon.
Como já dito, o NetLab não quis detalhar a produção acadêmica e noticiosa associada aos projetos financiados por seus doadores, mas quem consulta o site do grupo consegue tirar algumas conclusões. Em sua maioria, os artigos produzidos estão focados no ecossistema de informação da direita, especialmente no bolsonarismo. O mais recente endereça crítica direta ao YouTube, que, segundo o grupo de pesquisa, estaria permitindo a monetização de canais que promovem “desinformação” sobre as enchentes no Rio Grande do Sul, propagando o que chama de “negacionismo e conspiracionismo climático”. Estão listados os canais de Fernando Ulrich, Luís Ernesto Lacombe, Leandro Ruschel, Rodrigo Constantino, Ana Paula Henkel e até da Gazeta do Povo, entre outros. O artigo parece feito sob encomenda para lastrear o recente pedido de investigação feito pelo Palácio do Planalto à Polícia Federal contra os críticos da atuação do governo na tragédia.
Outro “relatório”, publicado no dia 21 de maio, apresenta abordagem semelhante, com o mesmo sistema ‘copia e cola’ de postagens nas redes de influenciadores, mídias e políticos de oposição. São citados, por exemplo, Pablo Marçal, Renata Barreto, Revista Oeste, Flávio Bolsonaro, etc. O NetLab diz ter identificado oito narrativas de desinformação, dentre elas: “Figuras de direita estão ajudando mais que o governo“, “Lula não está comprometido com as vítimas das enchentes“, “Marina insiste em culpar Bolsonaro por tragédia“, “Starlink é a única internet que está ajudando nos resgates” e “Governo está impedindo que doações cheguem às vítimas“.
A percepção de que o NetLab funciona como uma ferramenta político-partidária é reforçada por outras publicações, como “A regulação do uso de IA para as eleições brasileiras”, “Temos que Dar um Basta: a campanha multiplataforma em 2023 contra a ADPF 442 e o Direito ao Aborto no Brasil“, “A Atividade de Perfis Inautênticos no Debate sobre Elon Musk e Alexandre de Moraes no X“, “Discurso Tóxico da Frente Parlamentar da Agropecuária nos anúncios da Meta“, “A guerra das plataformas contra o PL 2630” etc. Nesse último item, inclusive, o artigo do NetLab serviu de base para a decisão de Moraes de investigar as big techs e a produtora Brasil Paralelo por críticas ao chamado PL das Fake News, relatado por Orlando Silva, e que acabou esquecido numa gaveta do Congresso por decisão da maioria dos líderes parlamentares.
Questionado sobre o viés de suas abordagens, o NetLab alegou que “pesquisa a desinformação online em plataformas digitais“. “Nossas análises se baseiam no monitoramento constante da internet e redes sociais para detectar as fontes e as mensagens de desinformação, bem como analisar o modelo de negócio das plataformas digitais. Nossos projetos mais recentes têm focado na detecção de anúncios fraudulentos e conteúdos patrocinados que ferem os direitos dos consumidores nas redes. Produzimos evidências científicas que possam embasar iniciativas de transparência e fomentem um ambiente mais seguro para o consumidor brasileiro na internet. Nossos relatórios estão integralmente disponíveis em nossa página.
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O discurso, porém, parece bastante longe da prática. Se a esquerda globalista quer influenciar o debate, que o faça de forma privada ou vinculada diretamente à fundação de um partido político. O que não pode é se utilizar da estrutura e da imagem de uma universidade pública, de servidores e recursos públicos, para fazer enfrentamento ideológico. Como bem ressaltaram os deputados do Novo no requerimento de informações ao MEC, “em uma democracia, a liberdade de expressão e o direito à informação são pilares fundamentais para garantir a participação cidadã e a fiscalização dos atos públicos“. “A atuação do NetLab, especialmente em contextos de moderação de conteúdo online e combate à desinformação, levanta questões relevantes sobre a imparcialidade de suas ações e a correta aplicação dos recursos públicos.

Quem financia o lobby anticristão no Brasil e como funcionam seus grupos de pressão

Artigo original publicado no X, no dia 18 de junho de 2024, às 10h50min

Episódio 2 – Neste artigo, você conhecerá um pouco mais sobre a estratégia globalista de guerra cognitiva e o ataque ao cristianismo, como vemos na manipulação do debate sobre o PL 1904/24, que criminaliza o aborto a partir de 22 semanas de gestação.

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Como mostrei no primeiro episódio da série, o NetLab recebeu ao menos R$ 7,5 milhões do governo e de ONGs nacionais e internacionais para produzir papers, com verniz acadêmico, na tentativa de criminalizar a atuação digital de políticos e influenciadores de direita. Dentre os financiadores do grupo de pesquisas da UFRJ estão a Open Society Foudations (OSF), a Ford Foundation e o Instituto Galo da Manhã. Essas mesmas entidades também integram o conjunto de patrocinadores do Instituto de Estudos da Religião (Iser), que nos últimos cinco anos embolsou cerca de R$ 20 milhões em doações dessas e de outras entidades e via projetos firmados com o poder público. As receitas do Iser se multiplicaram no período, saltando de R$ 2,1 milhões em 2019 para R$ 5,3 milhões em 2023. No ano passado, segundo balanço da entidade, OSF e Ford repassaram quase R$ 3 milhões, figurando como as maiores doadoras. A Galo da Manhã doou R$ 110 mil. Outras somas importantes também escoaram via Fundo Brasil de Direitos Humanos (R$ 300 mil), que também atua como intermediária de doações da Ford, da OSF e da OAK, outra importante patrocinadora do NetLab. O ecossistema de financiamento cruzado inclui ainda a Luminate (R$ 200 mil diretos), organização fundada pelo bilionário Pierre Omidyar, cofundador do eBay e mais novo mecenas do eixo de ONGs e mídias anti-conservadoras. É dele a First Look Media, grupo por trás do site Intercept.
Criado ainda na década de 1970, o Iser diz atuar na “produção de conhecimento qualificado, na incidência no debate público e na articulação social com ênfase na religião, sempre a favor de uma sociedade justa, inclusiva e sustentável“. Mais recentemente, porém, essas premissas deram lugar ao identitarismo woke, bem ao gosto da turma de Soros. Deter o avanço da direita nos espaços públicos, com ênfase nos processos legislativo e eleitoral, parece ser o objetivo maior. Sob o argumento de promover um estado laico, o Iser faz coro às pautas de desarmamento, desencarceramento, abortistas e de legalização das drogas. Para seus integrantes, a presença de religiosos na política é um pecado.
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GUERRA COGNITIVA
Em meio ao debate sobre a criminalização do aborto a partir de 22 semanas de gestação, o instituto publicou uma série de artigos que reproduzem a tese de que a proteção da vida no ventre materno não passa de “um projeto político de controle das vidas das mulheres, constituído pela interseção entre capitalismo, racismo e patriarcado”, como escreve Nathalia Diorgenes Ferreira Lima, no texto intitulado “Neoconservadorismo e criminalização do aborto: impasses para o exercício dos direitos reprodutivos de mulheres negras no Brasil”. Se as mulheres impedidas de abortar forem negras, tem-se o “controle racista sobre seus corpos”, diz. Esse cenário, segundo a pesquisadora, é agravado por um “projeto político neoconservador que fragmenta as demandas das mulheres e moraliza a resposta do Estado a essas questões”. “É preciso cada vez mais apostar na unidade feminista em torno dessa pauta e disputar a mentalidade social para que meninas e mulheres possam ter garantido o direito à sua capacidade reprodutiva”, conclui Nathalia.
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Disputar a mentalidade social é um eufemismo para o controle da narrativa, que busca incessantemente impor a visão de uma minoria — bem remunerada e engajada artificialmente – sobre a maioria orgânica da sociedade.
Nessa guerra cognitiva, fica cada vez mais evidente que não importa a verdade, apenas a versão que melhor convém ao grupo. Rosângela Talib, em outro artigo do Iser sobre aborto, diz, por exemplo, que “a concepção católica sobre a sacralidade da vida humana permeia o imaginário de parte da população brasileira e interfere no pleno exercício da cidadania das mulheres”. Ora bolas! A sacralidade da vida humana está na base da sociedade moderna e do pacto social, que se desfaz quando retirada, substituindo a justiça pela lei da selva, a barbárie. Não surpreende que tenhamos tanta gente associada a esse ecossistema defendendo, por exemplo, o terrorismo do Hamas.
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Na mesma linha segue Tatiana Hipólito Correia, ao escrever para o Iser sobre “os valores civilizatórios do Candomblé e a justiça social reprodutiva”. Ela afirma que “a interrupção de uma gestação é um evento comum na vida reprodutiva de pessoas que gestam, sejam essas pessoas cisgênero, pessoas transgênero masculinas ou não binárias e pessoas intersexo”, embora as religiões de matriz africana afirmem que impedir o nascimento é obstruir um caminho, condenando o aborto.
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LOBBY IDENTITÁRIO
Desafiar a lógica, os fatos e a história é quase um método científico nas hostes globalistas.Talvez, por isso, seja necessário tanto dinheiro para convencer alguém a defender tantos absurdos. Fato é que, no caso do Iser, o investimento valeu a pena, dada a influência do instituto na política. Além de ganhar o selo de Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), o Iser colabora de forma recorrente na construção de políticas públicas e marcou presença no gabinete de transição, após a eleição de Lula em 2022.
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Partiu do Iser a denúncia de aparelhamento do Disque 100 (canal de denúncias sobre violações de direitos humanos) por parte da gestão deDamares Alves no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Mesmo sem dados estatísticos confiáveis, nenhuma série histórica e comparando alhos com bugalhos, emplacou-se a versão de que o aumento de denúncias de intolerância religiosa contra cristãos seria resultado do tal aparelhamento e não consequência da polarização política e do próprio discurso de ódio contra conservadores por parte de lideranças partidárias, jornalistas, influenciadores e organizações de viés globalista, como o Iser.
Mesmo rebatida com dados, a tese do aparelhamento acabou incorporada numa ação protocolada no Supremo. Em artigo publicado no site Nexo Jornal, o Iser justificou que tudo seria consequência da “ascensão de fundamentalistas religiosos à política institucional” e parte de uma “estratégia do governo Jair Bolsonaro” para criar a falsa sensação de intolerância contra os cristãos. Segundo o instituto, estaríamos diante de uma tentativa de “minoritização por parte dos evangélicos“, ou seja, de se criar a percepção de minoria. “A demanda por mais participação desses grupos no debate público e na política institucional materializa a ideia de ‘batalha espiritual’ e tenta validar a ideia de ‘cristofobia’ no Brasil”, diz o artigo. Em suma, na disputa por espaço de poder e recursos financeiros vale tudo, inclusive acomodar estatísticas a teses pré-concebidas.
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Nota-se que a efetividade da atuação do Iser compreende não só o potente financiamento de seus patrocinadores, mas a estratégia de ação em rede que garante um efeito multiplicador. Entre seus parceiros e aliados na mídia, estão o já citado Nexo Jornal e também o grupo Gênero e Número, com o qual criou o site Religião e Poder, onde abundam artigos críticos à direita. Outro veículo simpático é a Agência Pública, autodenominada a primeira agência de notícias sem fins lucrativos e fundada por mulheres. A Pública também é destinatária de recursos da Open Society, embora garanta que o patrocínio não interfere em sua linha editorial. Também integra esse ecossistema de mídia o Intercept, site que no Brasil se notabilizou por divulgar, de forma controlada, mensagens trocadas por integrantes da Lava Jato. Embora o hackeamento tenha atingido ministros do Supremo, nenhuma linha sobre eventuais mensagens trocadas entre eles foi publicada.
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Como dito antes, o Intercept foi criado pelo grupo de mídia do magnata Omidyar. Sua versão brasileira teve entre os fundadores uma ex-bolsista da Open Society que também integra o conselho deliberativo do Iser. Assim como uma das diretoras do Iser também é colunista da Piauí, revista de João Moreira Salles, fundador do Instituto Serrapilheira, que patrocina o NetLab e tantas outras iniciativas do mesmo ecossistema de esquerda. Exemplos como esses se repetem aos montes e não caberiam nesta reportagem, mas servem para demonstrar o grau de organização e capilaridade dessa esquerda globalista na mídia, na academia, na política e, claro, na economia. E olha que nem falei das agências de checagem de notícias! Fato é que não há, nem de longe, algo comparável a isso na direita. Disputar o controle da narrativa, nessas condições, é lutar contra moinhos de vento. Basta ver a tempestade que está varrendo o debate sobre o PL 1904, que busca criminalizar o aborto a partir de 22 semanas de gestão.

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