O Irã lança graves ameaças ao presidente argentino Javier Milei devido à sua postura pró-Israel. Tribunal argentino responsabilizou o Irã pelos atentados de 1992 e 1994, classificando-o como “estado terrorista”. Milei prometeu transferir a embaixada argentina para Jerusalém e nomeou seu rabino pessoal como embaixador em Israel.
O governo iraniano lançou ameaças ao presidente argentino, Javier Milei, devido à sua postura pró-Israel. Um tribunal argentino responsabilizou o Irã pelos atentados de 1992 e 1994, classificando-o como “estado terrorista“. O editorial iraniano afirmou que o país imporá seu jogo no momento certo. Milei prometeu transferir a embaixada argentina para Jerusalém e nomeou seu rabino pessoal como embaixador em Israel. Ele também renovou esforços para buscar justiça para as vítimas do atentado de 1994. A comunidade internacional acompanha atentamente.
O presidente da Argentina, Javier Milei, participa de uma cerimonia que relembra os 30 anos do atentado da AMIA, em Buenos Aires, Argentina, que deixou 85 pessoas mortas. | Foto: Natacha Pisarenko / AP
Recentemente, o governo iraniano lançou ameaças graves ao presidente argentino, Javier Milei, devido à sua postura pró-Israel. Essa disputa diplomática ganhou destaque após declarações contundentes do lado iraniano, publicadas em um importante jornal do país.
O Editorial do Tehran Times trouxe a público um editorial incisivo nesta última quarta-feira (17), que rapidamente repercutiu globalmente. O porta-voz do governo iraniano fez acusações sérias contra o líder argentino, marcando uma escalada no conflito de palavras entre as duas nações.
Escala nas Tensões
As tensões começaram devido às posições adotadas por Javier Milei, que, claramente alinhado com Israel, tem condenado as atitudes do regime islâmico iraniano. Além disso, a Argentina, sob sua liderança, designou o Hamas, grupo com conhecidas ligações com o Irã, como uma organização terrorista.
O Tribunal Federal de Cassação Criminal, da Argentina, concluiu, no dia 11 de julho, que o governo do Irã foi o responsável pelo ataque ao centro judaico Aima em 1994. O atentado deixou 85 mortos. O tribunal ainda ligou o Irã e o Hezbollah pelo ataque à embaixada de Israel na Argentina, em março de 1992.
Em 1994, um atentado destruiu a sede da Associação Mutual Israelita Argentina, Amia, deixando 85 mortos. | Foto: Reprodução / Ali Burafi
Trinta anos após os ataques terroristas contra a embaixada israelense e o centro da AMIA, o tribunal argentino declarou o Irã responsável pelos ataques, classificando-o como “estado terrorista“. Em 1992, um ataque à embaixada de Israel em Buenos Aires matou 29 pessoas. Dois anos depois, um atentado à AMIA resultou em 85 mortes. O tribunal apontou o Hezbollah, sob ordens do Irã, como executor dos ataques. A decisão busca justiça para as vítimas e reforça acusações contra o Irã por fomentar terrorismo internacional.
O tribunal também cita a necessidade de reparação dos danos causados pelo atentado. “Obrigação de reparar integralmente os danos causados, morais e materiais, abrindo caminho para as vítimas e os afetados reclamarem perante tribunais internacionais“.
Reação do Regime Iraniano
O regime dos aiatolás ressaltou que o “Irã mostrou que não joga facilmente no tabuleiro de xadrez do inimigo”. Ele continuou, destacando que, na “posição e momento certos, o Irã imporá seu próprio jogo”. Essas palavras sugerem uma estratégia de resposta cuidadosamente calculada, alertando para possíveis manobras políticas ou até mesmo militares contra os interesses argentinos.
Classificação do Hamas como Organização Terrorista
A decisão do governo argentino de classificar o Hamas como terrorista aparentemente agravou a situação. Patricia Bullrich, ministra da Segurança da Argentina, tem sido vocal sobre a expansão das atividades do Hezbollah, outro grupo terrorista apoiado pelo Irã, na América do Sul.
Enquanto o presidente argentino mantém uma postura firme, o editorial do Tehran Times salienta uma retórica igualmente inflexível do lado iraniano. Essa batalha de declarações, ainda sendo travada apenas na arena verbal e política, e tem potencial para influenciar profundamente a diplomacia na América Latina e no Oriente Médio.
Javier Milei prometeu transferir a embaixada da Argentina em Israel para Jerusalém e nomeou seu rabino pessoal, Shimon Axel Wahnish, como embaixador da Argentina em Israel. Ele também se comprometeu a renovar os esforços para buscar justiça para as 85 vítimas do atentado a bomba de 1994 contra o centro comunitário judaico em Buenos Aires, cujo 30º aniversário foi celebrado em evento memorial nesta quinta-feira, 18 de julho.
Argentinos erguem cartazes das vitimas do atentado da AMIA em Buenos Aires em evento memorial, nesta quinta-feira (18), que deixou 85 mortos em 1994. | Foto: Tomas Cuesta / AFP
“Não estamos aqui para fazer mais do mesmo. Estamos aqui para propor uma ruptura com o que vários governos fizeram” em resposta ao atentado, disse Milei na noite de quarta feira, 17, em um evento memorial em Buenos Aires. O ataque tem sido uma ferida aberta para a comunidade judaica argentina porque ninguém jamais foi legalmente responsabilizado por ele.
Observação Global
Os cidadãos e líderes globais observam atentamente enquanto a Argentina e o Irã delineiam seus próximos movimentos nesse tabuleiro geopolítico altamente volátil. A comunidade internacional espera que ambas as nações busquem uma resolução pacífica para evitar uma escalada ainda maior do conflito.
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