EUA investigam contrato dos caças Gripen após governo Lula barrar empresa israelense. STF arquivou caso no Brasil por falta de provas.
O Departamento de Justiça dos EUA investiga o contrato de compra dos caças Gripen NG, firmado em 2014 pelo governo Dilma Rousseff, após o governo Lula recusar a homologação de uma empresa israelense em licitação militar. A Saab coopera, destacando que investigação similar no Brasil foi arquivada pelo STF, que alegou falta de provas. A decisão de Lula foi motivada por questões ideológicas ligadas ao conflito Israel-Hamas.
Brasil recebe caças Gripen fabricados na Suécia. | Foto: Reprodução – Setembro/2022.
Em um desdobramento surpreendente, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos decidiu investigar o contrato de compra dos caças Gripen NG, firmado em 2014 pelo governo Dilma Rousseff. A decisão veio à tona após o governo Lula recusar a homologação de uma empresa israelense vencedora de uma licitação militar.
A Saab, fabricante dos caças, confirmou que foi intimada a prestar informações sobre o contrato de US$ 4,5 bilhões para a aquisição de 36 aeronaves de combate. A empresa sueca garantiu total cooperação, destacando que uma investigação similar no Brasil foi encerrada sem encontrar irregularidades.
Investigação Arquivada pelo STF
A investigação sobre possíveis irregularidades no contrato dos caças Gripen no Brasil foi um dos casos mais polêmicos envolvendo o ex-presidente Lula. O Ministério Público Federal acusou Lula de tráfico de influência, alegando que ele teria recebido R$ 2,5 milhões em propina para favorecer a Saab no processo de escolha dos caças.
No entanto, o caso foi arquivado pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal. Lewandowski, que atualmente é Ministro da Justiça no governo Lula, decidiu pelo arquivamento alegando falta de provas suficientes para sustentar as acusações. A decisão foi controversa e gerou debates sobre a imparcialidade e a transparência do processo.
A nova investigação dos EUA adiciona uma camada de complexidade ao caso, trazendo à tona questões sobre a integridade dos contratos de defesa e as influências políticas envolvidas.
A investigação americana surge após a polêmica decisão do governo Lula de não homologar a empresa israelense Elbit como vencedora da licitação para fornecimento de 36 viaturas blindadas obuseiros 155mm. O ministro da Defesa, José Múcio, admitiu publicamente que a decisão foi motivada por questões ideológicas, ligadas ao conflito entre Israel e Hamas.
“Houve agora uma concorrência, uma licitação, venceram os judeus, o povo de Israel. Mas por questões da guerra, do Hamas, os grupos políticos, não estamos com essa licitação pronta, mas por questões ideológicas, nós não podemos aprovar”, declarou Múcio.
Embora não seja possível afirmar categoricamente que a investigação do Gripen seja uma retaliação à postura do governo brasileiro, a hipótese não pode ser descartada.
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