Musk recua em ações contra Moraes após pressões de bancos e acionistas. Greenwald revela uso do TSE para censura, destacando pressões políticas.
Em entrevista, Glenn Greenwald revelou que Elon Musk recuou em ações contra Alexandre de Moraes devido a pressões de bancos e acionistas, após bloqueio de recursos da Starlink. Reportagens de Greenwald destacaram o uso do TSE por Moraes para censura, evidenciando as complexas pressões políticas e financeiras.
jornalista Glenn Greenwald | Foto: Lucas Landau / Reuters.
Em uma entrevista ao podcast Flow, que foi ao ar na sexta-feira, 11 de outubro de 2024, o jornalista Glenn Greenwald detalhou os motivos que levaram Elon Musk a recuar em suas ações contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Greenwald, Musk enfrentou pressões significativas de bancos, acionistas e governos, especialmente após Moraes bloquear recursos da Starlink para pagar multas do X no Brasil.
Greenwald destacou que parte dos US$ 44 bilhões utilizados por Musk para adquirir a big tech veio de grandes instituições financeiras, como Morgan Stanley e Bank of America. “Você acha que essas pessoas estavam tranquilas vendo o X fechado no Brasil, um país lucrativo com mercado potencial?“, questionou o jornalista. Essa pressão das entidades financeiras foi crucial para o recuo de Musk.
Em 13 de agosto, Glenn Greenwald publicou uma série de reportagens no jornal Folha de S.Paulo, abordando a atuação de Moraes no STF e como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As matérias revelaram que Moraes utilizou o TSE para fortalecer inquéritos que conduz na Corte, incluindo o das fake news. Além disso, o aparato de vigilância do TSE foi usado para censurar figuras próximas ao então presidente Jair Bolsonaro e veículos de comunicação, como a Revista Oeste.
O recuo de Elon Musk em suas ações contra Alexandre de Moraes ilustra a complexidade das pressões políticas e financeiras que grandes empresários enfrentam. A intervenção de bancos e acionistas, preocupados com o impacto econômico de suas decisões, foi determinante para essa mudança de postura. A situação também evidencia o papel controverso de Moraes no uso do TSE para fins de censura e controle de informações.
