Israel eliminou 250 soldados do Hezbollah no Líbano, incluindo 21 comandantes. Ataques em Beirute visaram líder do grupo, sem confirmação.
Desde a invasão ao Líbano, Israel afirma ter eliminado 250 soldados do Hezbollah, incluindo 21 comandantes. O Hezbollah, financiado pelo Irã, é um grupo extremista com cerca de 40 mil combatentes. O Hezbollah não se pronunciou. Israel intensificou ataques em Beirute visando Hashem Safieddine, novo líder do grupo. Ainda não houve confirmação de sucesso.
Autoridades israelenses disseram que o ataque tinha como alvo uma reunião em um bunker que incluía Hashem Safieddine, o suposto sucessor do líder recentemente assassinado do Hezbollah. | Vídeo: Amr Abdallah Dalsh / Reuters.
Desde a invasão ao Líbano, há quatro dias, as Forças Armadas de Israel afirmam ter eliminado cerca de 250 soldados de alto escalão do Hezbollah. Dentre as mortes anunciadas estariam 21 comandantes. As mortes ocorreram tanto em bombardeios aéreos quanto em combates diretos por terra, conforme o balanço divulgado nesta sexta-feira (4). O Hezbollah ainda não se pronunciou sobre as informações.
Os bombardeios de Israel ao Líbano, que começaram quatro dias antes da invasão terrestre, já causaram quase 2.000 mortes, incluindo civis. Do lado israelense, oito soldados morreram em uma emboscada do Hezbollah no sul do Líbano, e outros dois foram mortos em um ataque com drones na fronteira norte de Israel.
O Hezbollah, financiado pelo Irã, é um grupo extremista com cerca de 40 mil combatentes, segundo estimativas dos serviços de inteligência dos Estados Unidos. O sul do Líbano, principal reduto do grupo, tem sido o foco dos confrontos. Israel declarou que seu objetivo é eliminar completamente o Hezbollah, mas não especificou a duração da incursão.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, defendeu os ataques contra Israel e convocou todos os muçulmanos a lutar contra o país. Em um raro discurso durante as orações de sexta-feira, Khamenei afirmou que Israel “não durará muito” e classificou os ataques do Hezbollah e do Hamas como “atos legítimos“.
O conflito já resultou em uma grave crise humanitária no Líbano, com milhares de pessoas desabrigadas. O representante interino do Líbano na ONU, Al-Sayyid Hadi Hashim, afirmou que um milhão de libaneses foram forçados a deixar suas casas. O país também abriga 2 milhões de sírios deslocados e 500 mil palestinos refugiados.
O governo libanês pediu ajuda humanitária urgente ao Conselho de Segurança da ONU e apelou por um aporte financeiro de US$ 426 milhões. Também solicitou um cessar-fogo de 21 dias, proposto por França e Estados Unidos.
Na noite de quinta-feira (3), Israel intensificou os ataques a Dahiye, subúrbio ao sul da capital do Líbano, Beirute, e teve como alvo Hashem Safieddine, o novo líder do grupo terrorista xiita Hezbollah. Safieddine estaria se abrigando em um bunker em Dahiye, reduto do Hezbollah. A Força Aérea Israelense lançou um massivo ataque contra a cidade com misseis destruidores de bunkers, afim de eliminar o novo líder terrorista. Ainda não houve confirmação se o ataque alcançou seu objetivo.
