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Autor
Anderson Silva
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LEWANDOWSKI DEFENDE “INTEGRAÇÃO” DAS POLÍCIAS — O PRIMEIRO PASSO PARA UMA ‘POLÍCIA AUTORITÁRIA’

Publicado em: 11/04/2025 às 00:55

Última atualização: 11/04/2025 às 00:55

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Integração das Polícias: Colaboração Necessária ou Risco de Autoritarismo?

Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça, defende a integração das polícias, destacando coordenação e inteligência. Contudo, há temores de centralização e possível uso político das forças de segurança, comprometendo democracia e direitos. É essencial debater com cautela para evitar retrocessos autoritários no Brasil.


 

 

Ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Lewandowski. | Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Na última audiência da Comissão de Segurança Pública, nesta quarta-feira (9), o ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Lewandowski, abordou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança, enfatizando a necessidade de “integração” entre as forças policiais do Brasil. Em suas declarações, Lewandowski afirmou: “Temos que atirar na mesma direção, fazer operações coordenadas, temos que ter um setor de inteligência.

À primeira vista, a proposta pode parecer promissora, sugerindo uma colaboração mais eficaz entre as diversas entidades que compõem a segurança pública. No entanto, é preciso olhar além das palavras para entender as implicações que essa integração pode ter. O temor é que essa centralização traga consigo uma série de consequências indesejadas, que podem comprometer a liberdade e a democracia no país.

Historicamente, discursos que promovem a “integração” nas forças de segurança têm sido utilizados por regimes autoritários como uma forma de justificar a centralização do controle policial. Essa tática, frequentemente associada a modelos de governança como o da Venezuela, levanta preocupações legítimas sobre a possibilidade de um controle político sobre as forças de segurança. Uma vez sob esse controle, a polícia pode se tornar uma ferramenta de opressão, perseguindo opositores e silenciando vozes dissidentes, em vez de cumprir sua verdadeira função de proteger e servir a população.

A história nos ensina que, sob o pretexto de uma maior eficiência e segurança, a “integração” pode se transformar em um instrumento de vigilância e repressão. A criação de uma polícia ideológica, que atua não em nome do povo, mas em defesa do poder estabelecido, é um cenário alarmante que pode se desenhar a partir dessa centralização.

O Brasil já enfrenta desafios significativos em sua busca por liberdade, estado de direito e respeito à Constituição. Em vez de avançar rumo a um modelo de “polícia autoritária”, o que o país realmente necessita é de uma segurança pública que respeite os direitos individuais e a pluralidade democrática. É fundamental que as forças de segurança atuem de forma independente e responsável, protegendo todos os cidadãos, independentemente de sua posição política.

A discussão sobre a integração das polícias deve ser feita com cautela, sempre priorizando os interesses da sociedade e garantindo que a segurança pública não se torne um instrumento de controle e autoritarismo. O futuro da segurança no Brasil deve estar enraizado na liberdade e no respeito aos direitos humanos, e não em um modelo que enfraquece essas conquistas.

Audiência da Comissão de Segurança Pública, nesta quarta-feira (9), o ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Lewandowski, abordou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança. Fonte: Reprodução X/@VoxLiberdade

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