Manifestantes em Belo Horizonte pediram o impeachment de Alexandre de Moraes. Com apoio de parlamentares e discursos emocionantes, o evento pressionou Rodrigo Pacheco.
Manifestantes em Belo Horizonte protestaram no domingo (29) pedindo o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, com apoio de parlamentares como Bia Kicis e Luís Eduardo Girão. O evento foi organizado para pressionar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que tem poder sobre o processo. Luíza da Cunha, filha de Clériston Pereira, morto após prisão relacionada aos ‘Atos de 8 de janeiro’, fez um discurso emocionante. Um “pixuleco” de Pacheco foi exibido, simbolizando críticas ao senador.
Multidão lota a Praça da Liberdade neste domingo para pedir impeachment de Alexandre de Moraes. | Foto: Cristiane Miranda / Gazeta do Povo.
Neste domingo (29), Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, foi palco de mais um ato de pressão popular pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O evento, que teve início às 10h na Praça da Liberdade, foi organizado pelo advogado e jornalista Marco Antônio Costa e atraiu diversos parlamentares federais, deputados e senadores.
A escolha de Belo Horizonte como local do protesto não foi aleatória. A cidade é o reduto eleitoral do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que detém o poder de decidir sobre o andamento dos pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes. A presença de Pacheco no cenário político mineiro adiciona uma camada extra de significado ao evento, que busca pressionar diretamente o senador.
Vários parlamentares marcaram presença no ato, demonstrando apoio à causa e reforçando a importância do movimento. Entre os presentes, destacaram-se figuras conhecidas da política nacional, como: Bia Kicis (PL-DF), Luís Eduardo Girão (Novo-CE), Cristiano Caporezzo (PL-MG), Evair de Melo (PP-ES), Marcel van Hattem (Novo-RS), Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), Magno Malta (PL-ES), Níkolas Ferreira (PL-MG) e Sargento Gonçalves (PL-RN).
Dentre os que falaram no carro de som, destaca-se a presença da filha do Clériston Pereira da Cunha, Luíza da Cunha. Que fez um discurso emocionante e disse que “E hoje completa 314 dias que arrancaram de mim o meu pai. Quem matou o meu pai não só tirou a vida dele, não só calou a boca dele, destruíram nossos sonhos, destruíram a nossa família.“, afirmou Luíza.
Clériston Pereira da Cunha, era conhecido como “Clezão”, morto em 20 de novembro de 2023, aos 46 anos; sua morte foi atribuída a inércia do poder judiciário, em especial ao ministro Alexandre de Moraes. “Clezão” foi um dos presos em decorrência ao ‘Atos de 8 de Janeiro’, e faleceu no Complexo Penitenciário da Papuda. De acordo com laudos médicos ele sofria de diabetes e hipertensão, e era acompanhado de perto pelos médicos do sistema prisional devido a sua saúde debilitada. A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia pedido a soltura de “Clezão”, em setembro de 2023, a PGR manifestou-se favorável à liberdade provisória dele. No entanto, ele permaneceu preso por mais 80 dias até sua morte em novembro de 2023.
Manifestantes inflam boneco gigante de Rodrigo Pacheco na manhã deste domingo (29) em Belo Horizonte. | Foto: Cristiane Miranda / Gazeta do Povo.
Pixuleco de Rodrigo Pacheco
Um dos momentos mais emblemáticos do protesto foi a inauguração de um pixuleco — um boneco gigante — representando Rodrigo Pacheco. O boneco, que se tornou um símbolo de crítica e pressão política, foi uma atração à parte e serviu para enfatizar a cobrança sobre o presidente do Senado.
Discursos e Reivindicações
Durante o evento, os discursos foram marcados por críticas ao ministro Alexandre de Moraes e à atuação do STF. Os manifestantes e parlamentares presentes destacaram a importância de se respeitar a Constituição e os limites dos poderes, argumentando que o impeachment do ministro é necessário para restaurar o equilíbrio entre as instituições.
Repercussão e Próximos Passos
O protesto em Belo Horizonte é mais um capítulo na série de manifestações que vêm ocorrendo em várias partes do Brasil, todas com o mesmo objetivo: pressionar o Senado a dar andamento aos pedidos de impeachment contra Alexandre de Moraes. A mobilização popular e a presença de parlamentares indicam que a questão está longe de ser resolvida e que novas manifestações podem ocorrer.
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