O discurso de Lula na 79ª Assembleia Geral da ONU recebeu pouca atenção da mídia internacional, ofuscado por temas como a guerra na Ucrânia e Joe Biden.
O discurso de Lula na 79ª Assembleia Geral da ONU, abordando temas como o conflito Israel-Hezbollah e a guerra na Ucrânia, recebeu pouca atenção da mídia internacional. Veículos como o New York Times e o Washington Post não mencionaram o presidente brasileiro em suas edições impressas. Em países como Reino Unido e Israel, a cobertura focou em Joe Biden e Volodymyr Zelensky. A baixa repercussão reflete a dificuldade do Brasil em ganhar destaque global diante de outras crises e líderes internacionais.
Lula discursa na abertura da 79ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York. | Foto: Captura de Tela.
O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito através das urnas eletrônicas em vigor no dia 30 de outubro de 2022, durante a abertura da 79ª Assembleia Geral da ONU, realizada em Nova York, nesta terça-feira (24), recebeu pouca atenção dos principais veículos de mídia internacionais. A fala, que durou 19 minutos, abordou temas como o conflito entre Israel e Hezbollah, a guerra na Ucrânia e críticas a corporações e plataformas digitais que “se julgam acima da lei”. No entanto, a repercussão foi limitada.
Entre os veículos que ignoraram o discurso de Lula em suas edições impressas estão grandes nomes da mídia americana como o New York Times, Washington Post, Financial Times e Wall Street Journal. O Washington Post, por exemplo, publicou em seu site um texto da Associated Press com o título: “Lula fala sobre clima na ONU, mas incêndios na Amazônia minam sua mensagem”, mas não mencionou o presidente brasileiro em sua edição impressa.
Em Israel, o Times of Israel focou no discurso de Joe Biden e não mencionou Lula. No Reino Unido, o Guardian destacou a guerra na Ucrânia e os discursos de Volodymyr Zelensky e Joe Biden, sem citar o presidente brasileiro. Veículos de mídia de países como França, Espanha, Itália e Portugal também deram destaque predominante a Biden e outros líderes, relegando Lula a menções esparsas ou inexistentes.
Na América Latina, o argentino La Nación mencionou uma “dura crítica” de Lula aos “ultraliberais”, interpretada como uma alusão ao presidente argentino Javier Milei, ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e ao empresário Elon Musk. O Clarín, também da Argentina, deu menos destaque ao discurso de Lula. No México, o El Universal mencionou Biden, Milei, Guterres e outros líderes latino-americanos, mas não Lula.
No domingo (22), Lula discursou na Cúpula do Futuro também da ONU. O presidente eleito através das urnas eletrônica em vigor no dia 30 de outubro de 2022, estava criticando a falta de representatividade do Sul Global nas organizações internacionais quando seu microfone foi cortado por exceder o limite de tempo de cinco minutos estabelecido pela ONU.
Antes do início dos discursos, o presidente da Assembleia Geral da ONU, Philémon Yang, havia reforçado que os chefes de Estado teriam um tempo máximo de cinco minutos para suas falas. Lula não foi o único a ter o discurso interrompido; representantes de Serra Leoa e Iêmen também tiveram seus microfones cortados por ultrapassarem o tempo limite.
Durante seu discurso, Lula destacou a necessidade de “transformações estruturais” para resolver a crise de governança global e criticou a falta de autoridade e meios de implementação das decisões por parte da maioria dos órgãos internacionais.
A falta de atenção ao discurso de Lula na ONU por parte da mídia internacional destaca a dificuldade do presidente brasileiro em captar a atenção global, especialmente em um cenário dominado por outras crises e líderes mundiais. Essa recepção morna pode refletir desafios na política externa e na imagem internacional do Brasil sob sua liderança.
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