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Autor
Anderson Silva
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Mistério Aéreo: O Boeing 757 da Força Aérea dos EUA e Suas Operações no Brasil

Publicado em: 21/08/2025 às 13:41

Última atualização: 21/08/2025 às 13:41

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Um Boeing 757 da Força Aérea dos EUA pousou no Brasil para transporte de diplomatas. Apesar das especulações, a chegada foi autorizada e monitorada pelas autoridades brasileiras.

Um Boeing 757, modelo C-32B da Força Aérea dos EUA, pousou no Brasil para apoiar a missão diplomática americana. O voo foi monitorado, partindo de Nova Jersey e fazendo escalas em Tampa e Porto Rico, antes de chegar a Porto Alegre. Apesar das especulações sobre seu uso para operações de inteligência ou monitoramento na América Latina, a chegada foi autorizada pelas autoridades brasileiras, refutando a ideia de que teria ocorrido clandestinamente.


 

Foto: André Ávila, Agência RBS

 

Recentemente, um avião misterioso usado pela CIA, em missão dos EUA, chamou a atenção da mídia e do público no Brasil, levantando uma série de perguntas sobre sua presença no espaço aéreo nacional. O que está fazendo essa aeronave em solo brasileiro? Quais operações já foram realizadas com ela em outros países? E, afinal, qual a verdade sobre sua chegada ao Brasil?

O Que Está Fazendo o Avião no Brasil?

A aeronave, um Boeing 757 usado em missões especiais americanas, pousou na noite desta terça-feira (19) no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. As informações preliminares apontam que foi apenas para o transporte de diplomatas dos Estados Unidos a Porto Alegre.

O monitoramento do voo através da internet apontou que a aeronave decolou da cidade de Nova Jersey, nos Estados Unidos, na segunda (18), fez escalas em Tampa, na Flórida, e em San Juan, em Porto Rico, e pousou em Porto Alegre no final da tarde desta terça (19).

O avião veio de Porto Rico. USAF (United States Air Force, que em português significa Força Aérea dos Estados Unidos) decolou às 19h52 com destino a Guarulhos”, disse a Fraport, concessionária que administra o terminal da capital gaúcha.

Já à noite, o avião do governo dos Estados Unidos pousou no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos “com autorização do Ministério da Defesa”, disse a GRU Airport, concessionária do terminal. A empresa completou afirmando que “a operação ocorreu normalmente, sem intercorrências”.

Segundo informações do site AeroIn, especializado em aviação, o avião é modelo 757-200 da Força Aérea dos Estados Unidos designado C-32B. É utilizado em missões do Departamento de Estado (equivalente ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil) para o transporte de oficiais de agências governamentais como militares, diplomatas, agentes da CIA e pessoal especializado.

É apelidado de “Gatekeeper” (porteiro, em tradução livre) e tem como função proteger embaixadas e interesses americanos no exterior em momentos de crise como retirada de pessoas de embaixadas.

Em nota, a Embaixada dos EUA afirmou a aeronave ofereceu apoio logístico à Missão Diplomática dos Estados Unidos no Brasil e sua chegada foi autorizada pelas autoridades brasileiras competentes.

Especulações sobre o real motivo da visita do Boeing 757 usado em missões especiais americanas

Mesmo diante das notas oficiais, tanto da embaixada americana, como do departamento de defesa brasileiro, houve várias especulações do real motivo da visita do Boeing 757 ao Brasil.

Talvez o que mais chamou a atenção foi o fato da Receita Federal, que atua no aeroporto de Porto Alegre, ter tentado realizar inspeção na no C-32B, mas teria sido impedida. As fotos de André Ávila, da Agência RBS, registraram agentes ao lado do avião – prova incontestável da presença americana em solo brasileiro. No entanto, a Polícia Federal foi impedida de inspecionar a aeronave.

Foto: Reprodução redes sociais

A aeronave pode ter sido enviada para transportar diplomatas ou representantes do governo americano para reuniões estratégicas com autoridades brasileiras, buscando discutir questões de interesse mútuo ou resolver tensões existentes entre os dois países.

Dada a crescente tensão política na América Latina, a aeronave pode ter sido utilizada para monitorar a situação em países vizinhos, como a Venezuela, especialmente após o envio de navios de guerra americanos para a região. O Brasil, como vizinho, pode estar servindo como um ponto estratégico para tais operações.

É possível que a aeronave tenha transportado equipes de operações especiais ou agentes de inteligência com o objetivo de realizar missões de reconhecimento ou suporte a operações em andamento na América do Sul.

Histórico de Operações da Aeronave

A aeronave em questão, designação C-32B, possui um histórico de ser usada em operações discretas e sensíveis. O C-32B foi utilizado em várias ocasiões para transportar equipes de resposta rápida, como o Foreign Emergency Support Team (FEST), que inclui diplomatas e especialistas em segurança.

A aeronave frequentemente atua em eventos internacionais, como Jogos Olímpicos, para garantir a segurança das delegações americanas e fornecer suporte logístico.

O C-32B tem sido utilizado em missões de inteligência, transportando pessoal e equipamentos para locais onde há necessidade de operação discreta e sigilosa.

Tecnologia e Equipamentos a Bordo

A aeronave C-32B é equipada com tecnologia de ponta, isso permite que a aeronave mantenha comunicação contínua com o comando, essencial para operações de alto nível. Possui tanques de combustível adicionais que aumentam significativamente a autonomia da aeronave, permitindo voos longos sem necessidade de reabastecimento. Além disso ela possui um sistema de reabastecimento em voo, permitindo que a aeronave permaneça no ar por longos períodos, aumentando sua capacidade operacional em situações críticas. A aeronave possui um sistema interno para movimentação de cargas, permitindo o transporte de equipamentos pesados em locais onde não há suporte adequado.

Desmistificando a Chegada

Apesar do alvoroço na grande mídia e da ideia de que o avião teria chegado de surpresa ao Brasil, essa afirmação é enganosa. Nenhuma aeronave pode entrar no espaço aéreo brasileiro sem um plano de voo pré-aprovado. As autoridades brasileiras estavam cientes da operação da aeronave, incluindo todas as suas escalas e o planejamento da rota, muito antes de sua chegada. Isso demonstra um nível de coordenação entre as nações envolvidas e refuta a noção de qualquer tipo de clandestinidade.

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