Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Autor
Anderson Silva
Autor
Anderson Silva

O Verdadeiro Sentido da Páscoa: Quinta-feira – A Traição

Publicado em: 17/04/2025 às 20:21

Última atualização: 17/04/2025 às 22:20

Ouvir este artigo

A Traição

É com um beijo que você trai o Filho do Homem?

Bases bíblicas: Mateus 26:47-56; Marcos 14:43-52; Lucas 22:39-53; João 18:1-11.

A traição de Jesus por Judas e Sua subsequente prisão pelas autoridades judaicas no Jardim do Getsêmani são eventos cruciais na narrativa da Paixão de Cristo. Conforme registrado nos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, esse episódio marca o início da dolorosa jornada de Jesus em direção à Sua crucificação e ressurreição. Neste momento crucial, a traição de um dos Seus próprios discípulos e a confrontação com as autoridades religiosas destacam a intensidade espiritual e emocional da missão redentora de Jesus. Vamos explorar mais detalhadamente esse momento de profundo significado na vida e ministério de Jesus.

Depois de dizer isso, Jesus ficou muito aflito e declarou abertamente aos discípulos:

— Eu afirmo a vocês que isto é verdade: um de vocês vai me trair.

Então eles olharam uns para os outros, sem saber de quem ele estava falando. Ao lado de Jesus estava sentado um deles, a quem Jesus amava. Simão Pedro fez um sinal para ele e disse:

— Pergunte de quem o Mestre está falando.

Então aquele discípulo chegou mais perto de Jesus e perguntou:

— Senhor, quem é ele?

— É aquele a quem vou dar um pedaço de pão passado no molho! — respondeu Jesus.

Em seguida pegou um pedaço de pão, passou no molho e deu a Judas, filho de Simão Iscariotes. E assim que Judas recebeu o pão, Satanás entrou nele. Então Jesus disse a Judas:

— O que você vai fazer faça logo!” João 13:21-27

Os eventos descritos em Lucas 22:39-53 ocorrem durante a noite em que Jesus foi traído e preso no Jardim do Getsêmani. Este jardim estava localizado no base do Monte das Oliveiras, fora das muralhas da cidade de Jerusalém. É importante entender o contexto histórico e religioso desse período para compreender completamente o significado desses eventos. Na época em que Jesus viveu, a Judeia estava sob o domínio do Império Romano, e o povo judeu ansiava pela libertação política e religiosa. O templo em Jerusalém era o centro da vida religiosa e cultural, e a festa da Páscoa era uma das celebrações mais importantes para o povo judeu, marcando a libertação do Egito e simbolizando a esperança de libertação do domínio estrangeiro. A atmosfera estava carregada de tensão devido à presença romana e às disputas internas entre diferentes grupos religiosos judaicos, como os fariseus, saduceus e os líderes do sinédrio, que viam Jesus como uma ameaça ao status quo religioso e político. É nesse contexto que Jesus, o Messias esperado, entra em Jerusalém para celebrar a Páscoa e cumprir Sua missão redentora, enfrentando a oposição das autoridades religiosas e a traição de um de Seus próprios discípulos.

Há várias passagens do Antigo Testamento que podem ser relacionadas aos eventos que ocorreram no Jardim do Getsêmani. Uma das profecias que se relaciona com esse evento é encontrada no Livro de Isaías, especificamente em Isaías 53:7, que fala sobre o Servo Sofredor sendo oprimido e maltratado, mas sem abrir a sua boca, algo que ecoa na submissão de Jesus durante Sua prisão e julgamento.

Ele foi maltratado, mas aguentou tudo humildemente e não disse uma só palavra. Ficou calado como um cordeiro que vai ser morto, como uma ovelha quando cortam a sua lã.” Isaías 53:7

Até o meu melhor amigo, em quem eu tanto confiava, aquele que tomava refeições comigo, até ele se virou contra mim.” Salmos 41:9

Além disso, o Salmo 22 é frequentemente citado em conexão com a paixão de Cristo, descrevendo o sofrimento e a aflição que Ele experimentou. Embora esses textos não se refiram especificamente ao episódio no Jardim do Getsêmani, eles fazem parte do conjunto de profecias do Antigo Testamento que apontam para o sofrimento e a morte do Messias.

Outro texto que faz referência a estes eventos é o Salmo 41:9, ele frequentemente associado ao momento da traição de Jesus por Judas no Jardim do Getsêmani. Muitos veem uma conexão direta entre essas palavras e a traição de Jesus por Judas, que era um de seus discípulos e compartilhava de sua intimidade. Essa referência ao Salmo 41:9 ressalta ainda mais a maneira como Jesus foi traído por alguém próximo a Ele, como predito nas Escrituras do Antigo Testamento.

Não há um consenso absoluto sobre o horário exato em que Jesus foi preso pelas autoridades religiosas no Jardim do Getsêmani, mas é geralmente aceito que tenha sido durante a noite, após a Última Ceia e a oração de Jesus no Getsêmani. Alguns estudiosos sugerem que isso tenha ocorrido nas primeiras horas da madrugada, entre a meia-noite e as primeiras horas da manhã, enquanto outros argumentam que pode ter sido mais tarde, talvez perto do amanhecer. A Bíblia não especifica o horário exato, mas registra que Judas levou as autoridades religiosas ao Getsêmani durante a noite para prender Jesus (Mateus 26:47-56; Marcos 14:43-52; Lucas 22:47-53; João 18:1-11).

O relato em João 13:1-30 descreve um momento significativo durante a Última Ceia, onde Jesus demonstra um ato de profunda humildade e serviço ao lavar os pés de seus discípulos. O texto começa destacando o amor de Jesus por seus discípulos, expressando esse amor até o fim. Ele então se levanta da mesa, tira sua túnica e começa a lavar os pés dos discípulos, incluindo Judas, que o trairia. Pedro inicialmente recusa, mas Jesus explica a importância desse ato de humildade e serviço. Depois de lavar os pés deles, Jesus explica que esse exemplo deve ser seguido por seus discípulos, mostrando que o verdadeiro líder é aquele que serve aos outros. Ele também revela que um deles o trairá, indicando a traição de Judas. Este episódio ilustra a profunda humildade e amor de Jesus, bem como sua consciência dos eventos futuros que culminariam em sua crucificação. Ele também ensina uma poderosa lição sobre servir uns aos outros com humildade e amor.

“Faltava somente um dia para a Festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a hora de deixar este mundo e ir para o Pai. Ele sempre havia amado os seus que estavam neste mundo e os amou até o fim.

Jesus e os seus discípulos estavam jantando. O Diabo já havia posto na cabeça de Judas, filho de Simão Iscariotes, a ideia de trair Jesus. Jesus sabia que o Pai lhe tinha dado todo o poder. E sabia também que tinha vindo de Deus e ia para Deus. Então se levantou, tirou a sua capa, pegou uma toalha e amarrou na cintura. Em seguida pôs água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha. Quando chegou perto de Simão Pedro, este lhe perguntou:

— Vai lavar os meus pés, Senhor?

Jesus respondeu:

— Agora você não entende o que estou fazendo, porém mais tarde vai entender!

— O senhor nunca lavará os meus pés! — disse Pedro.

— Se eu não lavar, você não será mais meu discípulo! — respondeu Jesus.

— Então, Senhor, não lave somente os meus pés; lave também as minhas mãos e a minha cabeça! — pediu Simão Pedro.

Aí Jesus disse:

— Quem já tomou banho está completamente limpo e precisa lavar somente os pés. Vocês todos estão limpos, isto é, todos menos um.

Jesus sabia quem era o traidor. Foi por isso que disse: “Todos menos um.”

Depois de lavar os pés dos seus discípulos, Jesus vestiu de novo a capa, sentou-se outra vez à mesa e perguntou:

— Vocês entenderam o que eu fiz? Vocês me chamam de “Mestre” e de “Senhor” e têm razão, pois eu sou mesmo. Se eu, o Senhor e o Mestre, lavei os pés de vocês, então vocês devem lavar os pés uns dos outros. Pois eu dei o exemplo para que vocês façam o que eu fiz. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o empregado não é mais importante do que o patrão, e o mensageiro não é mais importante do que aquele que o enviou. Já que vocês conhecem esta verdade, serão felizes se a praticarem.

— Não estou falando de vocês todos; eu conheço aqueles que escolhi. Pois tem de se cumprir o que as Escrituras Sagradas dizem: “Aquele que toma refeições comigo se virou contra mim”.  Digo isso a vocês agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vocês creiam que “Eu Sou Quem Sou”. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem receber aquele que eu enviar estará também me recebendo; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.

Depois de dizer isso, Jesus ficou muito aflito e declarou abertamente aos discípulos:

— Eu afirmo a vocês que isto é verdade: um de vocês vai me trair.

Então eles olharam uns para os outros, sem saber de quem ele estava falando. Ao lado de Jesus estava sentado um deles, a quem Jesus amava. Simão Pedro fez um sinal para ele e disse:

— Pergunte de quem o Mestre está falando.

Então aquele discípulo chegou mais perto de Jesus e perguntou:

— Senhor, quem é ele?

— É aquele a quem vou dar um pedaço de pão passado no molho! — respondeu Jesus.

Em seguida pegou um pedaço de pão, passou no molho e deu a Judas, filho de Simão Iscariotes. E assim que Judas recebeu o pão, Satanás entrou nele. Então Jesus disse a Judas:

— O que você vai fazer faça logo!

Nenhum dos que estavam à mesa entendeu por que Jesus disse isso. Como era Judas que tomava conta da bolsa do dinheiro, alguns pensaram que Jesus tinha mandado que ele comprasse alguma coisa para a festa ou desse alguma ajuda aos pobres.

Judas recebeu o pão e saiu logo. E era noite.” João 13:1-30

Este relato de Jesus lavando os pés de seus discípulos e ensinando sobre humildade e serviço tem implicações profundas para nós hoje. Aqui estão algumas aplicações práticas:

  1. Prática da humildade: Assim como Jesus se humilhou para servir seus discípulos, nós também devemos praticar a humildade em nossas interações diárias. Isso significa colocar as necessidades dos outros antes das nossas e estar disposto a servir, mesmo quando isso significa sacrificar nossos próprios interesses.
  2. Serviço ao próximo: O exemplo de Jesus nos lembra da importância de servir aos outros com amor e compaixão. Isso pode ser feito de várias maneiras, desde pequenos atos de gentileza até o voluntariado em organizações de caridade. Ao servir aos outros, estamos seguindo os passos de Jesus e demonstrando Seu amor ao mundo.
  3. Perdão e amor incondicional: Mesmo sabendo que Judas o trairia, Jesus não o tratou com desprezo ou raiva. Em vez disso, Ele continuou a amá-lo e a servir a ele. Da mesma forma, somos chamados a perdoar aqueles que nos magoam e a amá-los incondicionalmente, seguindo o exemplo de Jesus.
  4. Liderança baseada no serviço: Jesus ensinou que o verdadeiro líder é aquele que serve aos outros. Em nossas vidas pessoais, profissionais e comunitárias, devemos buscar liderar com humildade, colocando as necessidades dos outros em primeiro lugar e buscando o bem-estar coletivo.
  5. Reflexão sobre nossas motivações: Assim como Jesus estava consciente da traição de Judas, devemos examinar nossos próprios corações e motivações. Isso nos ajuda a manter uma atitude de humildade e a evitar a tentação do egoísmo e da busca por poder ou reconhecimento.

Ao aplicar esses princípios em nossa vida cotidiana, podemos seguir o exemplo de Jesus e refletir Seu amor e compaixão para o mundo ao nosso redor.

Categorias
Categorias

Deixe seu comentário