Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Autor
Anderson Silva
Autor
Anderson Silva

Popularidade em Queda: Lula vê sua Popularidade em Declínio

Publicado em: 05/04/2025 às 01:20

Última atualização: 05/04/2025 às 01:20

Ouvir este artigo

Crise de Imagem e Economia: Lula enfrenta pior índice de aprovação desde o início do mandato, com inflação alta e críticas à gestão

A popularidade de Lula cai: 56% desaprovam seu governo, o pior índice desde o início do terceiro mandato. Alta da inflação, juros elevados e insatisfação com a economia e a comunicação agravam o cenário. Medidas como crédito via FGTS e isenção de IR não foram bem recebidas.


Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito através das urnas eletrônicas em vigor no dia 30 de outubro de 2022, enfrenta um declínio acentuado, com 56% dos brasileiros desaprovando seu governo, segundo a pesquisa Genial/Quaest. Este retrocesso se deve a uma combinação de fatores econômicos e políticos desafiadores, a pouco mais de um ano e meio das eleições de 2026. A disparada nos preços dos alimentos, elevada inflação e juros altos têm impactado diretamente o poder de compra da população.

A pesquisa Genial/Quaest divulgada no início do mês ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais, e o nível de confiabilidade, segundo o instituto é de 95%. Os dados mostram queda na aprovação do governo Lula: 41% aprovam, enquanto 56% desaprovam — os piores índices desde o início do terceiro mandato.

Fonte: https://lp.genialinvestimentos.com.br/pesquisas/

Entre as mulheres, a desaprovação também atingiu o maior nível desde fevereiro de 2024, com 53%. Os resultados reforçam o momento delicado da gestão, que enfrenta crescente desgaste junto à opinião pública.

Fonte: https://lp.genialinvestimentos.com.br/pesquisas/

As recentes pesquisas mostram que, além da insatisfação com a economia, falhas na comunicação do governo e a condução das contas públicas têm contribuído para o descontentamento popular. A inflação superou a meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, fechando 2024 em 4,83%, com os alimentos registrando alta de 7,69%. Esse cenário econômico afeta especialmente os cidadãos de baixa renda, que sentem o aumento nos preços de itens básicos. Na prática, a percepção da população sobre a inflação é muito mais negativa do que os índices oficiais indicam. De acordo com leitor “a inflação real ultrapassa os 50%”, evidenciando uma crescente insatisfação diante do aumento no custo de vida.

Para tentar reverter a queda na popularidade, o governo adotou medidas como a facilitação do acesso ao crédito, incluindo o empréstimo consignado com garantia do FGTS. No entanto, a iniciativa gerou críticas e aumentou o desgaste, sendo vista por muitos como prejudicial à população. Nas redes sociais, internautas apontaram que o governo estaria emprestando ao cidadão seu próprio dinheiro, mas cobrando juros. “Eu te empresto o seu próprio dinheiro e você me devolve com juros”, ironizou o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil). 

Simulações indicam que, em um empréstimo de R$ 30 mil, o valor final pago pelo credor pode ultrapassar R$ 83 mil, considerando juros mensais de 3,04%.

Outro proposta que o governo também tenta emplacar é o de isentar do Imposto de Renda aqueles que ganham até R$ 5 mil por mês. No entanto, especialistas alertam que tais ações podem não ser suficientes para melhorar a percepção do eleitorado, já que a insatisfação com a economia tende a predominar.

A comunicação do governo também foi reformulada, com a nomeação de Sidônio Palmeira como novo ministro da Secretaria de Comunicação. Ele busca atualizar a linguagem nas redes sociais e promover as ações positivas do governo, mas ainda não obteve resultados.

Embora Lula tenha um histórico de alta popularidade em seus dois primeiros mandatos, a atual conjuntura é marcada por desafios econômicos e um capital político reduzido, resultado de crises anteriores e insatisfação popular. O futuro do governo até 2026 dependerá de medidas eficazes que consigam aliviar a pressão sobre o bolso dos brasileiros e restabelecer a confiança no manejo econômico do país.

Categorias
Categorias

Deixe seu comentário