Ministro Defende Censura nas Redes Sociais como Solução para Problemas de Saúde Pública e Desinformação.
Em entrevista à CNN, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, afirmou que as redes sociais se tornaram um problema de saúde pública e necessitam de regulamentação. Almeida acredita que ele ou um órgão público deve controlar o que as pessoas pensam, pois o indivíduo comum não é capaz de raciocinar e sistematizar problemas por conta própria, necessitando, portanto, de censura. Essa postura é comparada à figura de um senhor feudal que decide o que é melhor para seus vassalos, assumindo uma posição autoritária e paternalista.

Em uma entrevista recente à CNN, neste sábado (13), o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, afirmou que as redes sociais se tornaram um problema de saúde pública e necessitam de regulamentação. Segundo Almeida, essas plataformas também são ambientes propícios para a exploração sexual infantil e o crime organizado.
Almeida destacou que a sociedade, as democracias e os direitos humanos estão sob ameaça enquanto não houver uma regulamentação democrática das redes sociais.
“Nós estaremos sempre sob ameaça, a sociedade estará sob ameaça, as democracias, o republicanismo […] os direitos humanos estarão em risco enquanto nós não caminharmos para uma regulação democrática das redes sociais […] é uma ameaça existencial […] eu já considero que é um problema de saúde pública em termos de saúde mental nós precisamos caminhar para isso [regulamentação]”, disse o ministro.
O ministro argumentou que a regulamentação não representa um retrocesso na liberdade de expressão, mas sim uma forma de conter excessos.
“Não existe liberdade sem responsabilidade. Temos que caminhar para um patamar de regulamentação das redes sociais, preservando a autonomia, a democracia, mas fundamentalmente as pessoas que estão sendo expostas”, afirmou Almeida.
Durante a entrevista, Almeida mencionou que a falta de controle das plataformas é uma violação dos direitos humanos e que o Brasil não deve ficar atrás de outros países que já implementaram regulamentações.
“Não é uma pauta estranha ao mundo. Por que nos outros países as empresas [redes sociais] respeitam, e aqui não? Noruega, Alemanha, Dinamarca… Por que eles podem e nós não? Somos de segunda classe? Só consigo pensar que nós temos uma visão muito rebaixada de quem somos“, questionou o ministro.
Almeida concluiu que o uso de redes sociais sem regulamentação é uma ameaça existencial, destacando o nível de desinformação e degradação provocado por essas plataformas.
“Enquanto não houver a regulação democrática das redes sociais, é uma ameaça existencial hoje. Considero um problema de saúde e segurança pública“, finalizou Almeida.
Opinião:
Para o ministro, a solução para os problemas de uma sociedade que enfrenta a evolução tecnológica das redes sociais e a democratização do acesso online é a censura. Problemas como exploração infantil, drogas e desinformação (mentira e fofoca), sempre existiram na sociedade humana. Segundo o ministro, ele ou um órgão público deve controlar o que as pessoas pensam, pois o indivíduo comum não é capaz de raciocinar e sistematizar problemas por conta própria, necessitando, portanto, de censura.
Limitar o a informação e o conhecimento porque supostamente não somos capazes — é um absurdo, especialmente vindo de um ministro sentado na cadeira dos Direitos Humanos. Talvez, para o ministro, os “humanos” precisem ser tutelados.
Isso se assemelha à figura do grande senhor feudal ou senhor de escravos que acredita saber o que é melhor para seus vassalos. E ele, um ser iluminado, pensa saber o que é melhor para seus serviçais.
Veja Trecho da Entrevista do ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida sobre regulamentar as Redes Sociais
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