PARTE 5
Retidão
A retidão de Deus se apresenta como alicerce crucial dentro do âmbito da Justiça Divina, manifestando a índole íntegra e imparcial do Criador em Suas interações com a humanidade. Ancorando-se na coexistência intrínseca de equidade e retidão, a Justiça Divina revela-se como um juízo imparcial, desprovido de inclinações por preferências pessoais. Este princípio transcendental encontra respaldo nas Escrituras, afirmando que Deus, em Sua sabedoria suprema, julga com base na verdade incontestável e na integridade imutável. Conforme proclamado em Deuteronômio 32:4:
“Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos justos são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é.” Deuteronômio 32:4 – Almeida Revista e Corrigida.
Nesta exploração da retidão divina, adentraremos nas profundezas dessa característica divina, compreendendo como ela não apenas molda as decisões celestiais, mas também guia a jornada da humanidade em busca da verdade e justiça.
A Inabalável Justiça de Deus: Retidão Divina
A retidão de Deus refere-se à qualidade moral e ética inerente ao caráter divino. É um aspecto fundamental da natureza de Deus que implica agir de maneira justa, imparcial e de acordo com padrões morais elevados.
A retidão de Deus destaca Sua perfeição moral. Ele é totalmente íntegro, sem qualquer sombra de injustiça, parcialidade ou mal. A retidão divina serve como um padrão inalterável de conduta moral.
A santidade de Deus está intrinsicamente ligada à Sua retidão. Ele é santo e moralmente puro, estabelecendo padrões éticos pelos quais Sua retidão é revelada. A moral divina serve como referência suprema para a conduta justa.
Deus, em Sua retidão, toma decisões fundamentadas na verdade incontestável e na integridade imutável. Suas ações refletem Sua fidelidade aos Seus próprios princípios morais, sem qualquer desvio ou comprometimento.
A retidão de Deus estabelece uma norma moral para a humanidade. As Escrituras descrevem os caminhos justos de Deus como um guia para Seus seguidores, incentivando-os a viverem de maneira alinhada com a retidão divina.
A culminação da retidão divina é evidenciada na obra redentora de Cristo. A cruz, onde a justiça divina e a graça se encontram, simboliza a reconciliação entre Deus e a humanidade, proporcionando uma maneira de justificação pela fé. Sem o próprio sacrifício do Filho de Deus na cruz, onde ali levou todos os nossos pecados, a humanidade não poderia ser redimida de seus pecado, ou seja pela própria natureza humana, somo incapazes de sermos retos, e pela própria natureza divina Deus é reto; e sua retidão nos abraça na obra salvivíca de Jesus.
“Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus.” Romanos 3:23-26 – Nova Versão Internacional.
Entender a retidão de Deus é reconhecer que Ele é o padrão supremo de justiça e moralidade. Essa compreensão influencia a maneira como os crentes veem Deus, buscam viver em conformidade com Seus princípios e confiam na Sua sabedoria soberana, mesmo quando a compreensão humana falha.
A santidade de Deus, intrinsecamente conectada à Sua retidão, é reiterada em Levítico 19:2:
“Falem a toda a comunidade dos filhos de Israel e digam a eles: ‘Santos serão, porque eu, o Senhor, o Deus de vocês, sou santo.'” Levítico 19:2 – Nova Versão Internacional.
Essa conexão direta entre santidade e retidão estabelece a base pela qual todas as decisões divinas são fundamentadas.
A narrativa bíblica, repleta de exemplos que ilustram a retidão divina, revela em cada evento a perfeição inabalável do juízo de Deus. O Dilúvio, a libertação do povo de Israel do Egito, as instruções divinas para a uma vida justa — todos esses episódios são testemunhos da retidão imaculada de Deus. Em Sua retidão, Ele não apenas revela a verdade incontestável, mas também estabelece uma norma moral que transcende as compreensões humanas.
O Dilúvio (Gênesis 6-9)
O relato do Dilúvio, registrado em Gênesis, destaca a retidão de Deus em face da corrupção generalizada na Terra. Deus, ao testemunhar a depravação humana, escolheu julgar o mundo com um dilúvio, preservando apenas Noé e sua família por causa de sua retidão. Isso ilustra a retidão divina na aplicação justa do juízo, demonstrando a intolerância de Deus em relação ao pecado. Ao mesmo tempo, a oferta de preservação para Noé destaca a misericórdia divina, mostrando a dualidade da retidão que não compromete a justiça, mas também oferece uma saída para aqueles que buscam retidão.
“Deus disse a Noé:
— Resolvi acabar com todos os seres humanos. Eu os destruirei completamente e destruirei também a terra, pois está cheia de violência.” Gênesis 6:13 – Almeida Revista e Corrigida.
Libertação do Povo de Israel do Egito (Êxodo 1-15)
A libertação dos israelitas do Egito é um exemplo marcante da retidão de Deus em resposta à opressão e ao sofrimento do Seu povo. Deus ouviu o clamor dos israelitas, agindo em justiça ao cumprir Suas promessas feitas a Abraão. O julgamento sobre o Faraó e os egípcios, foi severo, e reflete a retidão divina ao proteger e libertar os oprimidos. Esse evento destaca como a retidão de Deus inclui a intervenção em favor daqueles que sofrem injustiça, revelando Sua fidelidade aos Seus princípios e ao Seu povo.
“Senhor disse:
― Tenho visto claramente a opressão sobre o meu povo no Egito e escutado o seu clamor por causa dos seus feitores, pois me preocupo com o sofrimento deles. Por isso, desci para livrá‑los das mãos dos egípcios e tirá‑los daqui para uma terra boa e vasta, onde fluem leite e mel: a terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus.” Êxodo 3:7-8 – Nova Versão Internacional.
Instruções Divinas para a uma Vida Justa (Deuteronômio 10:12-22; 30:11-20)
No livro de Deuteronômio, encontramos instruções diretas de Deus para viver uma vida justa. Em Deuteronômio 10:12-22, somos chamados a temer a Deus, andar em todos os Seus caminhos, amá-Lo e servi-Lo com todo o coração. Essas instruções refletem a retidão divina ao estabelecer padrões elevados de conduta moral para Seu povo. Além disso, em Deuteronômio 30:11-20, Deus apresenta a escolha entre a vida e a morte, a bênção e a maldição, incentivando Seu povo a escolher a vida e a retidão. Aqui, vemos a retidão divina expressa não apenas como um padrão externo, mas como uma escolha que leva à vida.
“Agora, ó Israel, que é que o Senhor, o seu Deus, pede a você, senão que tema ao Senhor, o seu Deus, que ande em todos os seus caminhos, que o ame e que sirva ao Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração e de toda a sua alma, e que obedeça aos mandamentos e aos estatutos do Senhor, que hoje dou a você para o seu próprio bem?” Deuteronômio 10:12-13 – Nova Tradução na Linguagem de Hoje.
“Vejam que hoje ponho diante de vocês vida e prosperidade, ou morte e destruição. Pois hoje ordeno a vocês que amem ao Senhor, o seu Deus, andem nos seus caminhos e guardem os seus mandamentos, estatutos e ordenanças; então, vocês terão vida e aumentarão em número, e o Senhor, o seu Deus, os abençoará na terra em que vão entrar para dela tomar posse.” Deuteronômio 30:15-16 – Nova Tradução na Linguagem de Hoje.
Esses exemplos revelam a complexidade da retidão divina, que incorpora justiça, julgamento, misericórdia e orientação moral. Através dessas histórias, percebemos que a retidão divina não é apenas uma aplicação imparcial da justiça, mas também uma expressão de amor, cuidado e fidelidade aos Seus filhos. Cada narrativa ressalta que a retidão de Deus é guiada por Seu caráter inabalável e Sua busca pela restauração e redenção da humanidade.
A retidão divina é mais do que um atributo distante; é um princípio que se manifesta tangivelmente na relação de Deus com Sua criação. Ao compreendermos a base bíblica dessa característica divina, somos convidados não apenas a reconhecer a retidão de Deus, mas também a buscar viver em alinhamento com essa justiça imutável. Que a exploração da retidão divina nos inspire a buscar a verdade, a praticar a justiça e a viver em comunhão com o Deus cuja retidão é o farol inextinguível que guia nossa jornada.
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