A Justiça, Perdão e Graça Divina
PARTE 7
O Tempo de Deus
Ao adentrarmos no estudo da Justiça Divina, é crucial contemplarmos o extraordinário elemento que é o “Tempo de Deus”. Este fascinante aspecto revela que a ação do Criador não se sujeita ao ritmo terreno, mas opera em um plano transcendental, além da compreensão humana. A narrativa bíblica nos ensina que Deus não apenas observa as ações externas; Ele sonda os mais íntimos recônditos do coração humano. Ao explorarmos esse tema, encontramos nas Sagradas Escrituras a afirmação de que o cronograma divino não é meramente um registro de eventos, mas uma expressão da sabedoria insondável de Deus. Em cada relato, percebemos que o “Tempo de Deus” leva em consideração não apenas o que fazemos, mas também quem somos internamente, guiando-nos para além das limitações humanas em direção a um entendimento mais profundo de Sua Justiça Divina.
“Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim.” Eclesiastes 3:11 – Almeida Revista e Corrigida.
“Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me sento e quando me levanto; de longe percebes os meus pensamentos. Sabes muito bem quando trabalho e quando descanso; todos os meus caminhos são bem conhecidos por ti. Antes mesmo que a palavra me chegue à língua, tu já a conheces inteiramente, Senhor.” Salmos 139:1-4 – Nova Versão Internacional.
Ao nos aprofundarmos nesse tema, buscamos extrair lições valiosas das Escrituras Sagradas, reconhecendo que o “Tempo de Deus” é uma dimensão que transcende nossas limitadas percepções, revelando Sua sabedoria incompreensível na administração da Justiça Divina.
O Tempo de Deus na Justiça Divina: Uma Exploração Profunda
Ao mergulharmos na complexidade da Justiça Divina, deparamo-nos com um elemento intrigante e transcendental: o “Tempo de Deus”. Essa dimensão temporal divina revela-se nas Sagradas Escrituras como um fator crucial, transcendendo nossa compreensão finita e delineando a soberania de Deus sobre a passagem do tempo.
Eclesiastes 3:11 – O Tempo de Deus Revelado
O livro de Eclesiastes 3:11, nos conduz à reflexão profunda sobre o tempo divinamente orquestrado:
“Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim.” Eclesiastes 3:11 – Almeida Revista e Corrigida.
A afirmação “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo” ressalta a ideia de que Deus é o Mestre do Tempo. Cada acontecimento, por mais complexo que pareça, é meticulosamente planejado e executado no momento perfeito estabelecido por Deus. Aqui, o “Tempo de Deus” é descrito não apenas como sequencial, mas como portador de uma beleza intrínseca e harmoniosa.
A expressão “também pôs a eternidade no coração do homem” sugere que, embora os seres humanos vivam em uma realidade temporal, Deus infundiu em cada coração uma busca pelo eterno. Isso implica que o anseio humano por significado e eternidade encontra seu propósito mais profundo na compreensão do “Tempo de Deus”. Somos seres temporais destinados a aspirar pelo eterno, guiados pela sabedoria divina.
A parte final do versículo revela a limitação intrínseca da compreensão humana em relação ao “Tempo de Deus”. “Sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim” destaca a incapacidade humana de abarcar completamente o vasto plano temporal divino. Isso nos lembra que, embora possamos discernir parcialmente a obra de Deus, a totalidade de Seus desígnios transcende nossa capacidade de compreensão.
A compreensão desse versículo nos leva a confiar na soberania de Deus sobre o tempo. Mesmo quando não entendemos plenamente as circunstâncias, confiamos que tudo está sob Sua autoridade. O “Tempo de Deus” não é apenas cronológico; é um veículo de propósito e beleza divina que transcende a mera sequência temporal. A presença da eternidade em nossos corações sugere que a busca por significado e propósito está intrinsicamente ligada ao entendimento do “Tempo de Deus”.
Ao analisarmos Eclesiastes 3:11 sob a ótica do “Tempo de Deus”, somos instados a contemplar a beleza e propósito divinos, confiar em Sua soberania e reconhecer a limitação da nossa compreensão frente à vastidão do desígnio temporal divino.
Essa passagem destaca a beleza intrínseca e perfeição do tempo de Deus, ressaltando Sua soberania em determinar o momento apropriado para cada evento.
Análise do Tempo de Deus na Criação e no Plano de Salvação
O momento crucial na história da humanidade, quando Eva come do fruto proibido e oferece a Adão, é um ponto nodal que revela a profundidade do “Tempo de Deus” em seu plano redentor.
Quando Eva e Adão desobedecem a ordem divino de não comer do fruto proibido, as consequências são imediatas. Deus havia alertado claramente sobre a morte como resultado desse ato. A desobediência humana, neste ponto, não apanhou Deus de surpresa; antes, revelou a necessidade do plano de redenção que Ele já havia estabelecido.
“E o Senhor deu ao homem a seguinte ordem:
— Você pode comer as frutas de qualquer árvore do jardim, menos da árvore que dá o conhecimento do bem e do mal. Não coma a fruta dessa árvore; pois, no dia em que você a comer, certamente morrerá.” Gênesis 2:16-17 – Nova Tradução na Linguagem de Hoje.
A resposta divina ao pecado não é apenas punição, mas também a revelação de um plano redentor. Neste contexto Deus traz à tona o castigo e punição, aplicando Sua justiça, primeiramente para a Serpente, que simbolizava o diabo, depois para a mulher, e por fim para o homem. Em Gênesis 3:15, Deus anuncia:
“Eu farei com que você e a mulher sejam inimigas uma da outra, e assim também serão inimigas a sua descendência e a descendência dela. Esta esmagará a sua cabeça, e você picará o calcanhar da descendência dela.” Gênesis 3:15 – Nova Tradução da Linguagem de Hoje.
Essa profecia não apenas antecipa a hostilidade entre a descendência da mulher e a serpente, mas também aponta para a vitória final da descendência (aqui podemos sinalizar Cristo), está vitória seria sobre o mal, embora com um alto custo representado pelo “calcanhar picado”. A descendência sinalizada neste contexto, indica, que, o sacrifício de Cristo na cruz seria necessário para a redenção humana.
A vida de Cristo e Sua morte na cruz são o cumprimento perfeito do “Tempo de Deus”. Embora, por um momento, possa ter parecido que o diabo triunfou na cruz ao ferir o calcanhar de Cristo, na realidade, foi o ponto de virada. Jesus desceu ao Ades, ao que tudo indica, pregou aos mortos e ressuscitou, conquistando a morte e o pecado.
“Como dizem as Escrituras Sagradas:
“Quando ele subiu aos lugares mais altos,
levou consigo muitos prisioneiros
e deu dons às pessoas.”
O que quer dizer “ele subiu”? Quer dizer que ele também desceu até os lugares mais baixos da terra, isto é, até o mundo dos mortos. Assim, quem desceu é o mesmo que subiu, acima e além dos céus, para encher todo o Universo com a sua presença.” Efésio 4:8-10 – Nova Tradução na Linguagem de Hoje.
“Pois o próprio Cristo sofreu uma vez por todas pelos pecados, um homem bom em favor dos maus, para levar vocês a Deus. Ele morreu no corpo, mas foi ressuscitado no espírito, e no espírito foi e pregou aos espíritos que estavam presos. Estes eram os espíritos daqueles que não tinham obedecido a Deus, quando ele ficou esperando com paciência nos dias em que Noé estava construindo a barca. As poucas pessoas que estavam nela, oito ao todo, foram salvas pela água.” 1 Pedro 3:18-20 – Nova Tradução na Linguagem de Hoje.
Ao analisar retrospectivamente, percebemos que o plano divino da salvação não foi uma reação a uma contingência, mas uma preparação desde o princípio. O “Tempo de Deus” envolveu o ciclo completo da redenção: da promessa após a queda, através da consumação com a morte e ressurreição de Cristo, e o julgamento que há de se completar no fim dos tempos, onde julgará os vivos e os mortos.
“Eu farei com que você e a mulher sejam inimigas uma da outra, e assim também serão inimigas a sua descendência e a descendência dela. Esta esmagará a sua cabeça, e você picará o calcanhar da descendência dela.” Gênesis 3:15 – Nova Tradução da Linguagem de Hoje.
“Tendo‑o provado, Jesus disse: ― Está consumado! Com isso, curvou a cabeça e entregou o espírito.” João 19:30 – Nova Versão Internacional.
“…ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!” Mateus 28:20 – Almeida Revista e Corrigida.
“Ele nos mandou pregar ao povo e testemunhar que foi a ele que Deus constituiu juiz de vivos e de mortos.” Atos 10:42 – Nova Versão Internacional.
O “Tempo de Deus” revela Sua soberania sobre os eventos humanos, transformando até mesmo os momentos de desobediência em oportunidades para a manifestação de Sua graça redentora. O cumprimento da promessa em Cristo ressalta a fidelidade de Deus ao Seu plano, mesmo quando a humanidade falha. O plano de salvação, desde a queda até a ressurreição, demonstra que o “Tempo de Deus” não está restrito a eventos isolados, mas abrange toda a narrativa da redenção.
Ao analisar esse momento crucial sob a ótica do “Tempo de Deus”, somos levados a reconhecer que a redenção não foi uma correção de emergência, mas um desdobramento cuidadosamente planejado desde a eternidade.
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