Trump estuda sanções contra esposas de ministros do STF, intensificando tensões com o Brasil.
O governo Trump planeja sanções contra esposas de quatro ministros do STF, visando aumentar a pressão sobre o Judiciário brasileiro. As sanções poderiam impedir empresas americanas de contratar os escritórios de advocacia das esposas, afetando assim a renda dos ministros. O secretário de Estado, Marco Rubio, confirmou a possibilidade de sanções a Alexandre de Moraes, citando ações que o governo dos EUA considera como violações de direitos humanos. A crise diplomática pode se intensificar nas próximas semanas.
Foto oficial do STF, com a composição atual completa, e o procurador-geral Paulo Gonet (em pé, à direita). | Foto: Fellipe Sampaio, divulgação STF.
O governo de Donald Trump está se preparando para uma ofensiva que promete intensificar a tensão diplomática entre os Estados Unidos e o Brasil. Além de sanções previamente anunciadas contra o ministro Alexandre de Moraes, a administração americana agora considera ampliar essas medidas para outros integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) e, particularmente, para suas esposas que são sócias de escritórios de advocacia.
De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, já foi realizado um mapeamento dos ministros cujas esposas operam no setor jurídico. A proposta em discussão na Casa Branca visa aplicar sanções financeiras que impediriam empresas americanas e multinacionais de contratar esses escritórios, buscando assim bloquear uma parte significativa da renda familiar dos magistrados.
As esposas que estão sob o radar da administração Trump incluem Viviane Barci de Moraes, Guiomar Mendes, Roberta Rangel e Valeska Teixeira Zanin Martins. A proposta em análise sugere que os filhos dos ministros não seriam afetados, uma vez que os bens não se comunicam legalmente.
A possibilidade de ampliar as sanções se intensifica em um contexto em que a maioria dos ministros do STF parece determinada a manter suas decisões, mesmo diante da pressão dos Estados Unidos. A avaliação dentro da Corte é de que as retaliações não devem impactar o funcionamento do Judiciário brasileiro.
Marco Rubio, secretário de Estado americano, confirmou a ofensiva, mencionando uma “grande possibilidade” de que Alexandre de Moraes seja sancionado com base na Lei Magnitsky, que permite punições severas a autoridades acusadas de violar direitos humanos. Moraes se tornou um alvo após suas ações relacionadas à suspensão de redes sociais e remoção de perfis de aliados de Jair Bolsonaro, classificadas pelo governo americano como atos de “censura“.
A pressão sobre o Brasil também se intensificou no Congresso dos EUA, onde deputados acusaram o governo brasileiro de estar envolvido em uma “prisão politicamente motivada” contra Bolsonaro, reforçando narrativas de setores conservadores dos EUA. Um projeto de lei visando sanções contra Moraes, incluindo o cancelamento de seu visto, já está em tramitação.
A equipe de Trump também não descarta a possibilidade de estender sanções a outros membros do Judiciário, da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal. Embora a Casa Branca mantenha cautela sobre o anúncio formal das medidas, é esperado que a decisão seja oficializada nas próximas semanas, exacerbando ainda mais a crise diplomática entre os dois países.
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