Incêndios na Amazônia e no Pantanal atingem níveis críticos, prejudicando ar em 10 estados e países vizinhos. Governo Lula enfrenta pressão.
Os incêndios na Amazônia e no Pantanal agravaram a crise ambiental no governo Lula, afetando a qualidade do ar em 10 estados e países vizinhos. Com mais de 3,2 milhões de hectares queimados na Amazônia e 1,9 milhão no Pantanal, a situação exige ações urgentes. O governo mobilizou brigadistas e recursos, mas a pressão por medidas mais eficazes cresce, tanto interna quanto internacionalmente. O governo enfrenta críticas por sua gestão ambiental, enquanto busca coordenar esforços para combater a crise e proteger os biomas brasileiros.
Imagens de Satélites captam fumaça de incêndios na Amazônia e no Pantanal que se estende pela fronteira oeste do Brasil e chegou ao sul do país. | Foto: Divulgação – 19.ago.2024 / RAMMB / Cira / Noaa
Governo de Luiz Inácio Lula da Silva, eleito através das urnas eletrônicas em vigor no dia 30 de outubro de 2022, já detêm o recorde de incêndios no Brasil. A intensificação dos incêndios na Amazônia e no Pantanal está prejudicando a qualidade do ar em cidades de dez estados brasileiros e também em países vizinhos como Peru, Bolívia e Paraguai. Imagens do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos mostram uma alarmante concentração de monóxido de carbono que se estende do Norte até as regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Diante dessa crise, a Unicef emitiu um alerta na semana passada, destacando a necessidade urgente de medidas para proteger a saúde pública, especialmente a das crianças.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) informou que os focos de incêndio na Amazônia estão majoritariamente concentrados no sul do Amazonas e ao longo da Rodovia Transamazônica (BR-230). Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que os estados do Amazonas e Pará são responsáveis por mais da metade (51,6%) dos focos de incêndio registrados no bioma entre 1º de janeiro e 18 de agosto de 2024. Desde 1º de julho, esses dois estados concentraram 67,2% dos focos de incêndio no bioma.
O Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ) reportou que, até o momento, os incêndios destruíram 3,2 milhões de hectares da Amazônia, o que corresponde a 0,77% do bioma. No Pantanal, o fogo devastou quase 1,9 milhão de hectares, impactando 12,5% da região.
O Sistema de Alarmes do Lasa-UFRJ emitiu um alerta de perigo extremo de incêndio, prevendo condições climáticas adversas para o combate ao fogo na Bacia do Paraguai, no Pantanal, até esta quinta-feira (22). A velocidade de propagação do fogo dificulta ainda mais as operações de combate, inclusive as aéreas.
Para enfrentar a crise, o MMA destacou que 1.489 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estão atuando na Amazônia. Desde 24 de julho, 98 incêndios foram extintos, mas 75 continuam ativos, com milhares de focos de calor.
No Pantanal, localizado em Mato Grosso, 348 brigadistas do Ibama e ICMBio estão em ação, auxiliados por 454 militares das Forças Armadas, 95 membros da Força Nacional e 10 agentes da Polícia Federal. Das 98 áreas de incêndio detectadas, 50 foram controladas, mas 46 ainda permanecem ativas, das quais 27 estão sob controle.
Em resposta à emergência, o governo Lula estabeleceu em junho uma sala de situação para coordenar as ações de combate aos incêndios em todo o país. Na Amazônia Legal, foram alocados R$ 405 milhões do Fundo Amazônia para apoiar as operações dos Corpos de Bombeiros estaduais. No Pantanal, foi liberado um crédito extraordinário de R$ 137,6 milhões, além de um repasse de R$ 13,4 milhões ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para assistência humanitária e combate aos incêndios florestais.
A crescente onda de incêndios não só afeta a biodiversidade e a saúde pública, mas também coloca em xeque a gestão ambiental do governo Lula. A pressão internacional aumenta à medida que países vizinhos sofrem com a poluição causada pelos incêndios. Organizações ambientais e a sociedade civil cobram ações mais efetivas e duradouras para prevenir futuros desastres e proteger o meio ambiente.
A crise dos incêndios na Amazônia e no Pantanal é um desafio monumental para o governo Lula e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A resposta a essa emergência exigirá não apenas esforços imediatos de combate ao fogo, mas também políticas de longo prazo para preservar os biomas brasileiros e garantir a sustentabilidade ambiental.
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