Queimadas em áreas urbanas e rurais do Brasil sugerem ação criminosa coordenada; autoridades investigam e fazem prisões.
Queimadas em várias regiões urbanas e rurais do Brasil, além da Amazônia e Pantanal, levantam suspeitas de ação criminosa coordenada. Autoridades realizaram prisões e investigam a origem dos incêndios, incluindo possíveis motivações políticas ou criminosas. As ações estão sendo combatidas por brigadas e forças estaduais, mas o aumento dos focos e as condições climáticas agravam a situação.
Homem é preso em Cianorte PR, acusado de atear fogo em mata. | Foto: Reprodução Redes Sociais.
Curiosamente, na última semana, os focos de queimadas no Brasil têm causado espanto por atingirem áreas urbanas. Além da trágica, já conhecida queimada na Amazônia e Pantanal, agora queimadas em regiões urbanas chama a atenção.
Cidades como Cianorte e Umuarama, no Paraná; a região do Pontal do Paranapanema, incluindo Sertãozinho, Cravinhos, Dumont, Pitangueiras, Ribeirão Preto; São José do Rio Preto, São Carlos e Ibaté, no interior paulista, foram afetadas pelo fogo. Em Ribeirão Preto, as queimadas chegaram até a condomínios de alto padrão. Outros estados também registraram focos de incêndio em áreas urbanas.
Vários vídeos foram compartilhados nas redes sociais mostrando indivíduos ateando fogo em áreas de pastagens, sugerindo ações criminosas. O que chama a atenção é que esses registros ocorreram em locais distantes entre si, indicando uma possível ação coordenada e talvez até planejada.
O governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi categórico ao afirmar que houve ação criminosa em incêndios no estado. Em entrevista coletiva neste domingo (25), Tarcísio disse que uma pessoa foi presa em São José do Rio Preto e outra foi detida em Batatais. O governador disse que atividades ilegais somada as condições climáticas adversas causaram os incêndio.
“Uma combinação de uma estiagem severa, baixa umidade relativa do ar e ventos fortes podem provocar uma ignição”, disse o governador em coletiva de imprensa neste domingo (25).
Em Cianorte, Paraná, um homem também foi preso, acusado de atear fogo em pastagens. Em vídeo divulgado nas redes sociais, é possível observar que a origem do fogo se dá próximo a casas rurais. O que pode levar a conclusão de que alguém mandou queimar, mas esse alguém não foi o morador rural, pois prejudicária sua própria residência.
Em outro vídeo também é possível observar o fogo tomando conta de áreas muito próximas de gados, o que também pode levar a conclusão de que o dono da propriedade não colocaria fogo em sua própria área, prejudicando assim seus animais.
Observamos também áreas urbanas em chamas, e motoristas e pessoas fugindo do fogo e da fumaça. Em São José do Rio Preto SP, imagens de circuito interno flagram um motoqueiro colocando fogo em uma área residencial. Na região do Pontal do Paranapanema um pai e sua filha observam as chamas que colocam sua casa e suas vidas em risco. Na Usina Vale em Onda Verde, São Paulo, vemos operários correndo para fugir do fogo que atinge a plantação de cana-de-açúcar da usina. Outro vídeo chocante mostra o fogo “saltando” o Rio Grande, na divisa entre São Paulo e Minas Gerais, após incêndios devastadores na região. O momento crítico, registrado nas proximidades de Orindiúva (SP), mostra as chamas atravessando o rio em direção a Frutal (MG) e ao distrito de Aparecida de Minas, na área do Porto da Mandioca.
Vídeo: Incêndios Urbanos e Rurais em SP, PR e MG – Imagens Chocantes Mostram Desespero e Destruição.
Luiz Inácio Lula da Silva, eleito através das urnas eletrônicas em vigor no dia 30 de outubro de 2022, disse em visita a Central de Monitoramento de Queimadas do IBAMA, neste domingo (25), que “tem gente colocando fogo. Na Amazônia, no Pantanal, sobretudo, em São Paulo. Ali é tudo propriedade privada. É canavial, é fazenda.”, disse o presidente.
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, disse em coletiva de imprensa também neste domingo que os focos de incêndios são causados pelo homem e que a solução para as queimadas é as pessoas não colocarem fogo.
“É um apelo que se deve fazer. Mesmo que o governo federal, os estados todos coloquem todos os seus equipamentos e efetivos, se as pessoas não pararem de colocar fogo, vão continuar prejudicando a saúde de todos os brasileiros e brasileiras. Portanto, todo mundo tem que fazer parte dessa campanha de não fogo, de não destruição do nosso meio ambiente.”, disse Marina Silva.
Ainda na visita ao Centro de Monitoramento de Queimadas, Lula, questiona Marina Silva, se “há possibilidade de detectar” a origem da propagação das queimadas, se ela se deu de forma criminosa, ou por origem espontânea, “por conta da temperatura, do calor, do vento, da umidade. E se é um incêndio criminoso?” Em resposta, Marina Silva diz que “esse trabalho é um trabalho complexo […] no caso do pantanal nós temos a identificação de 20 casos, em que aconteceu a origem da propagação do fogo, a Polícia Federal está investigando, é um trabalho que a gente faz com todo cuidado exatamente para não criar dificuldades nos desdobramentos das operações feitas em conjunto com os estados. E em todas as situações em que há suspeita de incêndio criminoso, que está acontecendo no Pantanal, na Amazônia e possivelmente esse processo que se desencadeou em São Paulo. Está sendo feita uma investigação.”, disse Marina Silva em resposta ao presidente Lula.
Vídeo: Marina Silva e Lula visitam a Central de Monitoramento de Queimadas do IBAMA.
Tenho a impressão que para Marina Silva e Lula, nada é de sua culpa, e sempre que algo ruim acontece, a culpa sempre é de terceiros. Lembro-me muito bem das queimadas que ocorreram entre os anos de 2018 à 2022, como a esquerda gritava aos quatro cantos do mundo “Salvem a Amazônia“, com direito até a música interpretada por artistas globais.
Vídeo: Música Salvem a Amazônia – Greenpeace reúne grandes nomes da música brasileira e lideranças indígenas para um grito em forma de música
Ainda em coletiva de imprensa, Marina Silva, disse que desde a transição de governo no final de 2022, busca prevenir e enfrentar os incêndios e queimadas em todos os biomas.
“Nós fazemos o monitoramento durante o tempo todo com as nossas equipes. Daqui nós conseguimos orientar o trabalho das equipes nas diferentes regiões. No Pantanal, na Amazônia, agora temos essa situação em São Paulo e há uma situação que acontece também no Cerrado. O IBAMA e o ICMBio tem mais de 3 mil brigadistas que estão em campo, mas isso se completa com o trabalho que é feito também pelo Corpo de Bombeiros dos estados, as brigadas estaduais, as brigadas voluntárias, que algumas são treinadas por nós.”, disse Marina.
Brigadista contendo fogo em mata. | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A impressão que se tem é que as queimadas são uma ação coordenada e planejada. A que fim? E a qual interesse? – Sobram especulações! – O que não me arrisco a dizer; mas apresento algumas questões que o leitor deve saber para tirar suas próprias conclusões.
1. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o homem preso pela Polícia Militar (PM), neste domingo (25), em Batatais no interior paulista, acusado de provocar incêndios criminosos na região, é integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) e chegou a gravar vídeo comemorando a ação criminosa.
2. O Grupo Moreno, empresa no ramo agrícola, fez um comunicado importante, nesta quinta-feira (22). No comunicado a empresa oferece uma recompensa de até R$ 30 mil por informações relativas à autoria de incêndios criminosos.
3. Flávio Dino, então ministro da justiça do Governo Lula, vai a favela do Rio de Janeiro sem escolta, e deputados querem interrogá-lo sobre visita.
4. Queimadas no Governo Lula Batem Recorde de 14 Anos, Formam “Corredor de Fumaça” e Castigam Animais.
5. Artistas, governos e políticos se calam diante do aumento de queimadas que tomam conta do Brasil.
6. Mais de 2 mil manifestantes foram presos após atos do dia 8 de janeiro de 2023.
7. Bandeira falsa (ou false flag, em inglês) é um ato hostil cometido com a intenção de ser atribuído a quem não é seu verdadeiro autor. O objetivo é justificar decisões extremas, como repressão política, guerra ou golpe de estado, sob o pretexto de combater o acusado da agressão. Essas operações podem ocorrer tanto em tempos de paz quanto de guerra. Geralmente, são organizadas por governos ou organizações políticas e executadas por indivíduos, empresas ou organizações sociais sem vínculo aparente com a parte interessada na ação, a fim de dissimular sua autoria ou responsabilidade.
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